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O Brasil... Hospitais... Medicina

Considero-me um veterano aposentado nestes títulos. Ultrapassado nos 84 anos, estou vivendo

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 31/12/2014 às 14:43Atualizado em 17/12/2022 às 02:02
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Considero-me um veterano aposentado nestes títulos. Ultrapassado nos 84 anos, estou vivendo uma sobra de tempo e preguiça. Joguei quase todo o futebol destas vidas. Deus foi camarada e deixou-me até agora para contar memórias... e talvez algumas coisas da minha história no que foi a minha vida no tempo passado... e neste que vou assistindo. De início conto que fui privilegiado na Medicina. Estudei na Faculdade Nacional de Medicina... no bom Rio de janeiro. Voltei para Uberaba, e meu irmão bendito – José Humberto – colocou-me e ensinou-me a Medicina em que ele foi professor. Naqueles anos a Medicina era exercida por médicos e doenças – não era este consórcio atual entre as partes doentes e a assistência. Lembro que Uberaba tinha a Santa Casa de Misericórdia e um grupo de médicos que a assistiam – com ajuda das saudosas irmãs dominicanas. O tempo foi passando, e as coisas foram mudando. Os governos entraram naquele acerto humanitári descobriram que o grande ganhador de votos era... a pobreza, uma mina eleitoral. Os planos de saúde surgiram prometendo assistências médicas completas e a baixo preço – apenas os pobres absolutos usariam os institutos políticos... e sem qualquer interesse político-eleitoral, uma piada brasileira. Em pouco tempo mudaram-se todos os métodos históricos da Medicina. Ficaram fora do processo social pacientes ricos impacientes. O grupo do meio contratou planos de consórcio e baixo preço. O grupo social dos verdadeiros e definitiva pobreza... pedindo Medicina pelo amor de Deus... É necessário escrever que os planos de saúde, este espaço intermediário – começaram a sofrer as penas do pecado e da mentira. Medicina para macro população e micro poder de pagamento é complicada. Lenta e progressivamente estes planos que garantiam solução assistencial foram conhecendo características do nosso paciente: a linha básica é que “paguei, tenho direito!” Ou seja, os faustosos estão re-estudando e mudando seu rumo. Vejo a Unimed – Rio pulando fora do seu contrato com o Fluminense Futebol – e outros aplicando dinheiro em hospitais, imóveis e negócios, uma tentativa de “ganhar como pagar”. O governo lá em cima vai se assustando, cada vez tem mais “gente pobre” que nele se aninha, e é preciso garantir as eleições. Resumo meu e pessoal: existe uma bomba flutuando no céu da Saúde, todos experimentam e sabem. O meu hospital “da minha vida” vai-se empobrecendo, vendeu terreno e recursos. Quando vim para Uberaba nós tínhamos sete hospitais “particulares” – e todos sobreviviam. Os novos tempos foram matando um a um – apenas alguns vão sofrendo, nadando e mudando de donos. Os hospitais do grande e pobre público já apresentam insuficiências graves. Ou seja, a assistência à saúde integral será apenas para os poucos ricos e em grandes metrópoles. Com cuidado, o governo não quer contar que o maior hospital do nosso Brasil está quebrado e fechado ali em São Paulo. Não vieram atitude e receita dos governos. A Petrobras é o prato do dia. O povo... ora, o povo... Feliz 2015!

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