ARTICULISTAS

O crescimento da corrupção

A manada dos corruptos, Zé Dirceu, Delúbio, Valério

Padre Prata
thprata@terra.com.br
Publicado em 20/01/2013 às 12:45Atualizado em 19/12/2022 às 15:12
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A manada dos corruptos, Zé Dirceu, Delúbio, Valério, Genoíno, Rosemary, Cachoeira e mais algumas centenas, cresce como cogumelos agarrados em pau podre. É um novo tipo de arte. Há os principiantes, mas dominam os especialistas, os diplomados na arte de surrupiar, na supina habilidade em botar as garras no dinheiro que não é deles.

A sociedade brasileira está perdendo o controle sobre si mesma. É uma decadência difusa, caprichada, de paletó e gravata. Nossos dirigentes estão perdendo a noção do que é certo e o do que é errado. Comportamento ético é termo banido sem nenhum sentido real. É uma abstração. Estamos perdendo o sentido do que é pecado, do que errado, das regras grandes e pequenas que regulam o ritmo social. Montamos gambiarras para roubar energia e água. Enquanto atravessamos os corredores dos varejões, vamos pegando uvas e outras miudezas como se fossem de nossa despensa e vamos comendo sem o menor constrangimento. São pequenas desonestidades, mas revelam um tipo de “esperteza” da qual nos gabamos. É imoral. É roubo, mas quase todos nós cometemos essas malandragens. Assim vamos criando um tipo de comportamento desonesto e, consequentemente, um clima de impunidade. Vamos nos acostumando com esses pequenos furtos e assim vamos justificando os maiores. Mas os graves mesmo são as nossas leis. São deficientes, elásticas, adaptáveis às mais estranhas situações. Mais ainda, são manipuladas por um grupo de gente desonesta que nós mesmos escolhemos e que se enriquece com a corrupção. A verdade é que está indo tudo por água abaix a moral, a ética, as religiões, a educação, a política (a mais nefanda), a saúde, a convivência saudável e sem medo. Uma degringolada.

Temos vergonha, mas o que predomina no Brasil é a impunidade. Quem dita as leis não são os vivos, são “os mais vivos”. Estão em todos os degraus da pirâmide social. Vão se aninhando principalmente nos três poderes da República, especialistas em defender ladrões, acobertar corruptos, montar esquemas de assalto do dinheiro público.

E agora, o pior: não podemos fazer nada. Estamos impotentes diante da força da corrupção.

É uma vergonha, mas a verdade é que tudo acaba em pizza.

(*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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