ARTICULISTAS

O dito pelo não dito

Nossa língua evolui. Com isso, muitas expressões corriqueiras

Mário Salvador
mariosalvador@terra.com.br
Publicado em 12/08/2014 às 20:28Atualizado em 17/12/2022 às 09:50
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Nossa língua evolui. Com isso, muitas expressões corriqueiras foram sumindo de nossa conversação e hoje são consideradas arcaicas.

Se alguém colocasse muita comida no prato, logo se falava: “tem o olho maior que a barriga”, expressão utilizada, aliás, em muitas outras situações, como em negócios nos quais a ambição “falava mais alto” que a razão.

E o fulano, que “deu com os burros n’água”?! Em outras palavras, algum negócio não deu certo para alguém. Numa situação dessas, provavelmente o tal fulano ficou “a ver navios”.

Do namorador inveterado, dizia-se que ele “não podia ver um rabo de saia”. E sobre o casal com uma conduta “fora dos eixos”, valia dizer: “Deus os fez e o diabo os ajuntou”.

Se alguém cometeu um ato falho e sofreu as consequências disso, valia a expressão “cuspiu para cima”, pois quem cospe para cima corre o risco de ter o próprio cuspe de volta. A expressão se foi quando a educação chegou e o povo abandonou o hábito de cuspir.

E havia uma expressão para caracterizar o bom êxit “sopa no mel”. E quando se queria dizer que algo jamais aconteceria, usava-se: “quando a galinha criar dente”. Também já foi comum o uso da expressão “juntou a fome com a vontade de comer”, que se explica por si.

O mundo evoluiu e muitas expressões foram ficando para trás. E se já tivemos oportunidade de experimentar tantas mudanças, é sinal de que temos vivido o bastante para vê-las, felizmente.

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