Há coisas que dinheiro nenhum paga
Há coisas que dinheiro nenhum paga. A felicidade, por exemplo, jamais poderá ser medida e muito menos ter estimado o seu valor em moedas. Os que tentaram esta façanha sabem o quanto pagaram, ou pagam.
“A felicidade é algo que a vida nos outorga através de pequenas porções de bem”; aprendi essa máxima com o filósofo González Pecotche e tenho experimentado tal realidade constantemente. No dia 28/11/2012 ganhei de presente uma árvore Flamboyant Bonsay com oito anos de idade e não mais do que 30 centímetros de altura. Dona Maria de Fátima Botelho, nossa constante leitora, fazendo-me a doação generosa ampliou a minha felicidade. Todas as manhãs ao regar aquele mimo verde, recebo a sua “saudação” desejando-me um bom dia. E tenho.
“As pessoas de bem que encontramos ao longo do nosso caminho é que nos dão a certeza de estarmos indo no rumo certo”. Esta frase, cunhei num cartão com a foto da pequenina árvore que, para mim, é um troféu. Assim pude retribuir felicitações que recebi nesse fim de ano. O Bonsay que ganhei, os amigos de longa data e aqueles conquistados diariamente me transmitem a seguinte mensagem: É por aí mesmo; prossiga! Eles me expressam a certeza de que vale a pena seguir, mesmo sendo incompreendido muitas vezes.
Dona Maria de Fátima com seu gesto espontâneo, não só representou a si mesma, como também todas as pessoas de bem que choraram a morte dos animais silvestres e das 33 Flamboyant’s tombadas por motosserras frontalmente à nossa rodoviária. Não é por acaso que nas vias do Parque das Américas há vários Flamboyant’s plantados por aquelas generosas mãos.
Como uberabense, sou suspeito para dizer que somos um povo generoso, mas estou liberado para afirmar: o Flamboyant que recebi retrata o reconhecimento pelo qual nós articulistas ou cronistas devemos lutar. Não terá sentido a nossa luta se nossas palavras ficarem restritas a nós mesmos. Afinal, somos apenas irradiadores do que o povo pensa. Daí a minha gratidão à amiga que o meu hobby me permitiu conhecer.
Na vida tive e tenho oportunidades para optar pelo dinheiro ou por valores inalienáveis. Se, em vez da graciosa árvore me oferecessem alguns bons reais, confesso que necessito deles, mas agradeceria e ficaria, como fiquei, feliz com o meu “Flamboyantzinho”. Ele não tem preço...
Que juntos tenhamos um feliz 2013!
(*) Presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da ACademia de Letras do Triângulo Mineiro