ARTICULISTAS

O povo aprende, ou não aprende?

Ainda que estejamos fartos de exemplos

João Eurípedes Sabino
forumarticulistas@hotmail.com
Publicado em 10/05/2013 às 20:22Atualizado em 19/12/2022 às 13:10
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Ainda que estejamos fartos de exemplos em que impera a falta de cidadania entre os homens, sempre há casos práticos de expressa aplicação da boa norma. Alguns  precisam ser citados, pois neles constatamos de forma eloquente que  o povo, uma vez ensinado com técnica e paciência,  aprende mesmo.

Quem passar pela Pça. Dr. Jorge Frange e observar na parte posterior da base da estátua do andarilho “São Bento”, verá um adesivo amarelo contendo sua foto original com as palavras: “Ajude a conservar o 1º monumento em homenagem ao andarilho no Brasil”. O primeiro adesivo ali colocado não durou três dias. Alguém o arrancou.  O segundo, uma semana; o terceiro ficou um mês. Todos foram substituídos e o adesivo atual está lá há quase dois anos. Os vândalos aprenderam a lição? Sim e muito bem.

Uma longa calçada de um imóvel comercial fechado há algum tempo, era usada como depósito de lixo da vizinhança que vinha de longe para abastecê-lo. Ao ser reativado, pedi autorização ao novo ocupante do imóvel para escrever no mur “FAVOR NÃO JOGAR LIXO NESTE LOCAL”.  O pintor acabou de escrever a frase numa tarde, e na manhã seguinte não se viu mais lixo no local. Os “sujismundos” captaram a mensagem? Lógico que sim, e como.

Os humoristas Milton Pinto e Tom Carvalho contam uma piada que resumo mais ou menos assim: Certo candidato passava todos os dias pela porta de um bar onde havia um papagaio falador. Com aquela atenção de quem buscava votos, o gentleman  cumprimentava as pessoas e, em especial o papagai “Bom dia seu papagaio!”. “Bom dia”, respondia o bicho tagarela. Depois da eleição o candidato eleito passava pelo mesmo lugar e não mais cumprimentava ninguém. E o verdinho boiadeiro gritava todos os dias: “Bom dia seu F.D.P.!”  O conspícuo eleito reclamou ao dono do papagai “Seu papagaio está me destratando! Afinal sou uma autoridade.” Ao ser repreendido, o papagaio revelou ao seu dono que o candidato depois de eleito não mais lhe cumprimentava e por isso o chamava de F.D.P.! Ao passar por ali no outro dia a autoridade foi informada sobre o corretivo feito ao papagaio e alertada para que voltasse a cumprimentar as pessoas e, em especial, o louro, diariamente. Tudo combinado.

No dia seguinte o papagaio, com toda reverência, foi cumprimentado pelo candidat “Bom dia seu papagaio!” Qual não foi a surpresa geral diante da  resposta do papagai “Bom dia! Aprendeu seu F.D.P. ?!”

Moral da história: O povo aprende, ou não aprende? Basta ensiná-lo com técnica e paciência.  

 (*) Presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro joaosabino@mednet.com.br

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