ARTICULISTAS

O seu amigo o telefone celular

Enquanto se perde tempo parlamentar com discussões estéreis se se deve ou não utilizar celular

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 01/11/2011 às 20:16Atualizado em 19/12/2022 às 21:36
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Enquanto se perde tempo parlamentar com discussões estéreis se se deve ou não utilizar celular em sala de aula, mal se sabe o que será possível fazer com ele. Não falo da função de gravar, ouvir música, fotografar, ou ser um agente de segurança pública. Falo de ele ser seu companheiro, seu confidente. Quanto ao seu uso ou não em sala de aula, é uma definição cultural da escola, independente de leis e muito menos de sua extensão legal às escolas privadas. Leis que nascem do modismo de querer legislar sobre tudo faz com que o legislador comece a reinar como se fosse um deus e a criar e fabricar leis bobas, como aquela que proibiu os tapinhas em nádegas de filhos.

Mas vamos ao lado bom desse aparelhinho, que, a cada dia que passa, deixa de ser apenas um telefone para ser um punhado de coisas, inclusive seu conselheiro na hora das compras e de orientações. Você o liga e pergunta qual a melhor rota a ser seguida em determinado deslocamento viário e aguarda a orientação. Ou mesmo na hora de decidir sobre uma compra qualquer, você formula a pergunta ao celular sobre a possível compra e onde melhor adquirir aquele produto. Ele fará uma pesquisa e segundos depois lhe dirá onde adquirir tal produto por ser uma combinação de preço com qualidade. Ou, ao deixá-lo sobre a mesa e ficar em silencio, ele chamará a sua atenção para um diálogo ou troca de informações, a fim de saber de como você está. Ou, para que você não se sinta solitário, ou caso esteja sofrendo alguma ameaça, porque se estiver em situação de perigo o celular irá acionar autonomamente os agentes de segurança e os avisará sobre a sua situação de perigo, ou de perigo real.

Caso você esteja em um barzinho ou em sua casa e chegue um bandido, ladrão, usurpador alheio, um simples falar diferente ou um código do alfabeto será o bastante para acionar os aparelhos de defesa social. Ou, caso você esteja numa festa, ou estando na escola, ele poderá ser seu agente de segurança. Agora, será preciso equipar a polícia para que ela esteja aparelhada para atender os sinais de alerta e de perigo que chegarão às suas centrais.

Quem me disse desses avanços através do celular foi o pessoal da Invit – Negócios Inovadores – eles só pensam o que o futuro irá nos exigir para sermos atuais. Nesse caso, o celular será um “smartfone”, e não mais um simples celular. Mais e mais estaremos sob os olhares ocultos a nos observar, a julgar os nossos atos e a interpretá-los se estamos precisando ou não de ajuda. É o fantástico mundo invisível da visibilidade social. No entanto, nada disso irá completar ou mesmo ser a felicidade, porque esta é um estado essencial completamente diferente de tudo isso que nos cerca, mas que pode nos servir sem que seja a felicidade. O homem é inquieto, sempre buscando novas descobertas e aprimorando outras. É este estado inquietante que permite o caminhar das descobertas e, paradoxalmente, a preservação de sua capacidade de encontrar saídas, quando os problemas se agravam retendo a nossa paciência.

(*) Professor

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