Se há o problema, a solução vem a caminho. Se ela não vem é porque dificultamos a sua chegada. Não há no mundo um ser humano sem problema e se eventualmente houver, esse é o grande problema dele. Por mais que aumentemos o tamanho de um problema ao relatá-lo, quem ouve jamais o verá nas mesmas dimensões. Eis aí algumas das peculiaridades que todo problema traz consigo.
Tenho observado que, por maior que seja um problema, ele se apequena quando o focalizamos de forma determinada, firme e resoluta. Não que esse ato simplesmente signifique a solução do problema, mas que aí está dada a partida para solucioná-lo, não há quem negue.
Digamos, por exemplo, um jovem que é aprovado no vestibular de uma faculdade, cujas mensalidades suplantam alguns milhares de reais e suas condições financeiras são o seu maior obstáculo. Se ele, cheio de ideais, conseguir os cascalhos para a matrícula, daí a um mês vem a próxima mensalidade. Convertendo-se os trinta dias em horas, minutos e segundos, terá o jovem 2.592.000 desses últimos. A arte do aproveitamento do tempo é, portanto, de fundamental importância. E logo as coisas se encaminham.
Um amigo meu contraiu séria enfermidade e a primeira etapa do seu processo, como acontece geralmente, foi o pânico e a desorientação. Feito um bom técnico de futebol, passado o sufoco, a atitude daquele amigo foi ordenar para que o time baixasse a bola e fosse à frente. Estava perdendo de goleada, mas marcou o primeiro gol e o time ganhou de virada. Não fez a indispensável cirurgia, chegou a pesar 40 quilos e hoje, saudável, gira pela cidade em sua bicicleta. Milagre? Não. Foi a confiança em Deus e sua determinação.
Hoje o jovem universitário que tinha o problemão das mensalidades não financiadas está formado e vê aquela montanha do passado como se fosse um grão de areia. O amigo meu então magérrimo saiu do hospital, se restabeleceu e venceu a doença bebendo leite diluído da árvore Sucuuba.
Não tenho dúvidas de que os dois colocaram “os problemas dentro da vida e não a vida dentro dos problemas”. Frase de González Pecotche.
