Crucial. Monza, a próxima etapa do Mundial, é uma corrida de vida ou morte para três pilotos. São eles: Vettel, Button e Alonso.
Crucial. Monza, a próxima etapa do Mundial, é uma corrida de vida ou morte para três pilotos. São eles: Vettel, Button e Alonso. Dos três quem não conseguir ir ao pódio pode dar adeus à taça de campeão. Se não marcar pontos, então, aí vai ficar pior. Para isso acontecer, Webber e Hamilton também devem repetir os resultados da etapa passada. Surpresa. Webber é a zebra do momento. Ninguém esperava uma atuação no nível que ele tem apresentado em 2010. Até sua equipe está surpresa. Apesar da sobra de pontos para cima de Vettel, a equipe não esconde que prefere o alemãozinho na ponta. E essa falta, chefia, é o maior inimigo da equipe para conquistar o mundial. Obstáculo. O outro entrave para Webber é o inglesinho Hamilton, que nesta temporada tem andado mais que seu carro. Isto é, quando a MP4 25 não está competitiva, ele ainda consegue tirar leite de pedra e chegar ao pódio. E o circuito de Monza é a cara do carro inglês. Chato. O arrogante Alonso tem uma missão ingrata na Itália. Lá os Tifoses exigem nada menos que a vitória. E Alonso precisa dela, pois ele é quem tem menos pontos entre os cinco pretendentes ao título. Porém, o piloto terá que torcer para que o carro dos ingleses se dê mal e também os do touro, que dá asas. Grilo. Alonso ainda tem mais um probleminha na cabeça, pois conta apenas com um motor novo para fazer as provas restantes desse Mundial, enquanto a turma da McLaren e a da Red Bull possuem dois motores para cada piloto. Cada um deles pode usar oito motores e o hispânico já usou sete. Massa sofre do mesmo mal. Pior do que eles apenas De La Rosa, que também utiliza os motores italianos. Polaco. Kubica é quem menos pressão sofre para essa etapa. Conseguiu levar a Renault para uma posição nunca pensada pelos entendidos. Mesmo fora da briga pelo campeonato, pode chegar ao pódio, para o desespero dos três mosqueteiros, Vettel, Button e Alonso, que estão com a faca no pescoço. A etapa de Monza se mostra imperdível. Honda. Daniel Pedrosa venceu sua segunda corrida consecutiva. Foi uma prova sem graça e sem boas disputas. Pedrosa venceu à sua maneira. Largou e foi embora, chegando a abrir diferença de cinco segundos do segundo colocado, Jorge Lorenzo. The Doutor completou o pódio. Moleza. Aparentemente, a Yamaha pediu a Lorenzo para aliviar a mão direita, pois possui vantagem confortável (63 pts.) e não precisa mais lutar por vitórias para ser campeão. E assim a Honda cresceu, mas fica sem graça a falta de raça do virtual campeão. A Moto 2. A nova categoria e sensação do Mundial de motos, onde largam até quarenta motos, viu mais uma vitória de outro virtual campeão, Tony Elias. Elias também venceu a segunda consecutiva e se mostra tranquilo, com 83 pts. de vantagem. Andrea Iannoni tinha chances de vencer, pois tem o melhor chassi da categoria. Mas ainda falta cabeça ao jovem piloto, que sofreu um Drive Througt, por queima de largada, quando era líder disparado. Perda. O mundo das duas rodas sofreu com duas mortes prematuras, em uma semana. A primeira foi do norte-americano Peter Lens, um menino de 13 anos. Lens caiu e foi atropelado por outro piloto, esse de 12 anos. O acidente foi no oval de Indianápolis. Até aí a mídia não falou muito, pois foi na América e em uma categoria de acesso. Dúvida. Nessa hora fico pensando se é certo crianças disputarem corridas. Mas existe um batalhão delas no mundo. É assim que se forma um campeão, correndo desde criança. Hoje é assim, mas tempos atrás os pilotos se tornavam profissionais com mais idade. Pensando bem, acho que seria a maneira certa. Criança tem é que brincar, viver e aprender mais sobre a vida, para depois escolher o que quer fazer. Frustrado. Hoje tem muitos pais que são pilotos frustrados querendo fazer do filho um piloto vencedor, coisa que eles próprios não conseguiram, seja por falta de patrocínio ou por falta de braço. Sei que vou ser criticado por dizer o que penso e muitos me chamarão de radical por dizer que criança tem é que brincar e viver um pouco. Mas alguém precisa gritar para que essa turma que coloca pivetinhos de seis anos para correr acorde e deixe as coisas acontecerem naturalmente na vida da criança. Ela é quem deve escolher o que quer, depois da adolescência. A outra. Uma semana depois do primeiro acidente, já na Europa, no quintal da casa de Valentino Rossi, outra morte. O jovem Shoya Tomisawa, de 19 anos, também caiu e foi atropelado por dois competidores. Tomisawa era piloto da Moto 2. Foi o primeiro a vencer na categoria que estreou este ano no Qatar e, infelizmente, também foi a primeiro da categoria a morrer. O Mundial de Motos não via uma morte desde 2003, quando Daijiro Kato, outro japonês que já tinha sido campeão das 250 e era o melhor piloto japonês que havia aparecido no Mundial. Kato sofreu o acidente logo no início da corrida de Suzuka, na abertura do Mundial daquele ano. Kato tinha tudo para se dar bem, pois naquele ano iria correr com uma moto igual à de Rossi. Morreu aos 27 anos. Quem acabou se dando bem foi Sete Gibernau, que herdou a moto de Kato.