Embora meu crédito na conta corrente da política seja muito baixo, vou lendo e tentando entender os acontecimentos. Isto é importante nos tempos atuais: ser informado é obrigação dos seres vivos, enquanto viventes. Depois da morte, e em prazos curtos, eles serão esquecidos. Hoje penso e vejo a história política de Uberaba, as pessoas e seus cargos de desempenho e atividades. Sem querer querendo, digo do passado político como eram modestas as expressões dos eleitos e sua atividade. Hoje as coisas se complicaram, os eleitos fazem questão de buzinar suas ideias e realizações – afinal, a cada quatro anos (é isto?) haverá uma nova eleição. Também, e por justiça, esta atitude não é da exclusividade nossa: todos os políticos, do Acre até o Chuí (este é nosso arroio da fronteira, se você não sabe), pensam e proclamam seus feitos. A imprensa, rádio e televisão são seus trombones de ideias e projetos – que nem sempre estão sendo ou serão realizados. No momento e, por exemplo, apenas, estamos aí com o problema da primazia em emissários da coluna açucareiro-alcoólica subindo por São Paulo em direção e rumo norte – Brasília (?). Roda as semanas – se não todos os dias – vem no jornal: Uberaba ganhou, viva, nosso Prefeito e nossos deputados! Dois dias depois: Ribeirão Preto contra-ataca, Alckmin é o inimigo, e forte! Ontem mesmo a proclamação pedida ao mineiro Aécio, nosso candidato à Presidência: entra duro no jogo, companheiro. É, mas aqui para mim, é mineiro lá do centro das Gerais, não vai se arriscar em lutar de verdade pelo Triângulo, que Minas sempre tratou como colônia. Se a decisão for para nós, Aécio vai rodar o Triângulo todo no caminhão dele vencedor. Se for contra, não vai saber de nada, estará em campanha no Tocantins, lutarei depois pelo Triângulo. Terra da gente que eu amo, blablablá. Em tudo e afinal, a nossa turma me lembra um vereador de Água Comprida, no caminhão pré-eleitoral: minha gente, fica comigo, eu tou canivete (!) com os homes lá de cima! Bem dizia o Dino, quando viv política e eleição só prestam e têm gosto na mesa de arroz doce e pé de moleque do Messias na venda do Rio do Peixe! Por falar e terminar: quem vai me agradecer, consolar e mandar um destes agrados? Facilitando, a velhice é sem vergonha, de qualquer lado serve!
