Em algum tempo transcrevemos neste espaço que nos reserva o Jornal, algo sobre os Golfinhos que, na realidade pertencem à espécie das Orcas, baleias bravíssimas dos mares. Por sua ferocidade, são conhecidas como os “Lobos do mar”, atacando a tudo. Desta feita, leio alguma informação sobre os PINGUINS. São “aves *palmípedes”, que vivem misteriosamente em agrupamentos de centenas e centenas de indivíduos no indevassável mundo antártico. Se caracterizam pelo andar ereto (de pé), com passos lentos e curtos, nada graciosos. É o Pinguim, excelente mergulhador, com fôlego inconcebível, capaz de mergulhos profundos, demorados e distantes. Nadam muito bem, graças as suas asas curtas que em forma de pá, lhes servem como remos. Há três espécies desse misterioso habitante das regiões polares; Os Adélios, os Imperadores, os Papuas. Distinguem-se por seus tamanhos, por suas colorações próximas ao papo. Os Adélios, espécie mais comum, vivem espalhados pela região mais gelada do mundo sendo os mais conhecidos. Os Papuas, se diferem doutros por suas duas faixas brancas ao redor dos olhos e são aves em extinção. Os Imperadores, muitíssimos raros, constituindo a espécie de maior tamanho viventes no mar Ross, onde têm o seu habitat. Encontram-se lá, exemplares com quase dois metros de altura. O pinguim se alimenta tão só de algas e de peixes pequenos. Faz o seu ninho em aberturas entre blocos do gelo, quando a fêmea e o macho se revezam para a manutenção do calor sobre ovo. A fêmea normalmente dá duas crias até aos cinco anos, encerrando após esse tempo, a sua participação na preservação da espécie. Diz-se que o pinguim vive em média 20 anos, semelhante a nossa pomba comum. Possue o corpo revestido por penas naturalmente oleosas, o que lhe constitue uma vestidura protetora que o torna capaz de viver toda a existência dentro d’água, sem que a água alcance a sua pele. Dorme muito pouco. Quando o faz, sempre está de olhos entreabertos vigiando o acampamento. Ao mais leve ruído, levanta-se disposto para a luta se preciso. Parece pressentir a morte. Entristece e se recolhe na esperança de salvar-se com tal procedimento. Nadam eles constantemente como se fosse preciso exercitar, não lhes importando a temperatura da água que normalmente está a 40 graus negativos, atingindo 70 a 80 negativos no inverno. Mesmo nas temperaturas de 80 graus negativos, a sua temperatura corporal é sempre a mesma porque a água não lhe atinge diretamente o corpo. Tem-se então por tais informações, que o pinguim nunca sentiu o frio que julgamos sentir. Como a Antártida é um mundo silencioso e o som bem se propaga no meio aquoso, são eles dotados de uma audição acuradíssima. Espantam-se ao mínimo ruído, pondo-se de pé, prontos para qualquer situação. Por lá, o vento de quando em vez, sopra a 100 Km/h ou mais. Na ocorrência, juntam-se para tal enfrento ou correm para dentro d’água enfrentando altas ondas que lhes são costumeiras. Segundo Bernatvier, naturalista francês, observando-os por mais de cinco anos seguidos, diz que eles fazem inveja ao homem porque; o casal não se separa em momento algum, não há rusgas entre vizinhos e não cobiçam a mulher do próximo.”
*Palmípede- Dedos dos pés unidos por uma membrana.
Dados extraídos da coleção “Curiosidades”- livro XIII- pág.129-130
(*) manoel_ marta@hotmail .com