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Os seis cegos e o elefante

Em meu último artigo, publicado no dia 17 de junho e intitulado FATOS e BOATOS, comprometi-me...

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 01/07/2016 às 20:21Atualizado em 16/12/2022 às 18:17
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Em meu último artigo, publicado no dia 17 de junho e intitulado FATOS e  BOATOS, comprometi-me a trazer no próximo uma lenda relacionada ao assunto e que a seguir aqui apresent “Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas. Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outros como era o elefante, então, o que tinha apalpado a barriga, disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura. “Nada disso”, interrompeu o que tinha apalpado a orelha. “Se com alguma coisa se parece é com um grande leque aberto”. O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: “Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água...”. “Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um poste...”. Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente, cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem. “O elefante é tudo isso que vocês falaram”, explicou. “Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante.”

A vida e o tempo nos ensinam que em nossas maiores contendas e divergências temos que aprender o exercício de sempre tentar enxergar o lado dos demais envolvidos porque, ao final das contas, todo ponto de vista é apenas a vista de um ponto e, dessa forma, os que estão do outro lado também podem ter suas razões...

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