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Os sete saberes do futuro

Edgar Morin é um dos maiores filósofos da atualidade. Ele critica a fragmentação do conhecimento vivido

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 26/02/2016 às 21:18Atualizado em 16/12/2022 às 19:57
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Edgar Morin é um dos maiores filósofos da atualidade. Ele critica a fragmentação do conhecimento vivido tradicionalmente na educação formal e defende um ensino transdisciplinar que forme cidadãos não limitados por fronteiras de nacionalidades, solidários, éticos e capazes para enfrentar os desafios da contemporaneidade.

Utilizou-se da simbologia do número 7 (da duração das fases da lua, dos dias da semana, das maravilhas do mundo, das notas da escala musical, das colinas de Roma etc.) como símbolo da perfeição e da concretude, para condensar os saberes que ele considera necessários no ensino do futuro e que abaixo apresentamos de forma muito sucinta:

 Capacidade de criticar o conhecimento tanto o próprio como o estabelecido pelas ciências porque ambos estão sujeitos a erros e enganos provocados por características cerebrais, mentais, culturais e das disposições tanto psíquicas quanto culturais.

Aprender a discernir, em meio à abundância do conhecimento disponível, as informações chaves e prioritárias para analisar os contextos dos problemas, se possível estabelecendo relações de causas e efeitos.

Reconhecer a condição humana como uma unidade complexa com toda a sua diversidade física, biológica, psicológica, social e cultural, que vem sendo ensinada de forma “desintegrada” sob a forma de disciplinas e, por isso, consequentemente não entendida na sua totalidade

Compreender a identidade terrena que tem como pátria comum a Terra, interligada por uma problemática que é planetária porque todos os seres humanos têm problemas e um destino comum.

Saber enfrentar e conviver com as incertezas de um futuro onde nada é previsível ou predizível para intervir no futuro através do presente, com o conhecimento acumulado no tempo tentando minorar as dificuldades.

Praticar a compreensão e o respeito pelas ideias dos outros e os seus modelos de vida, combatendo o egoísmo, preconceito, o etnocentrismo e os rótulos criados pela incompreensão, o racismo, a xenofobia, o dogmatismo.

Desenvolver a ética do gênero humano clamorosa pela verdadeira democracia que não se caracteriza pela ditadura da maioria, mas sim pela compreensão da natureza “trinitária” do ser human indivíduo-sociedade-espécie.

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