ARTICULISTAS

Outro relato do único instante fatal

Do livro A Crise da Morte, de Ernesto Bozzano, vejamos o segundo caso de desencarnação relatado

Elias Barbosa
eliasbarbosa34@terra.com.br
Publicado em 12/12/2010 às 13:52Atualizado em 20/12/2022 às 02:42
Compartilhar

Do livro A Crise da Morte, de Ernesto Bozzano, vejamos o segundo caso de desencarnação relatado pelo grande pesquisador de fatos espíritas, que se inicia afirmando que tirou este episódio do volume de Morgan: From Matter to Spirit (pág. 149), e que a personalidade mediúnica do Dr. Horace Abraham Ackley descreve, nestes termos, a maneira por que seu Espírito se separou do organismo somátic

“Como sucede a um bem grande número de humanos, meu espírito não chegou muito facilmente a se libertar do corpo. Eu sentia que me desprendia gradualmente dos laços orgânicos, mas me encontrava em condições pouco lúcidas de existência, afigurando-se-me que sonhava. Sentia a minha personalidade como que dividida em muitas partes, que, todavia, permaneciam ligadas por um laço indissolúvel. Quando o organismo corpóreo deixou de funcionar, pôde o espírito despojar-se dele inteiramente. Pareceu-me então que as partes destacadas da minha personalidade se reuniam numa só. Senti-me, ao mesmo tempo, levantado acima do meu cadáver, a pequena distância dele, donde ou divisava distintamente as pessoas que me cercavam o corpo. Não saberia dizer por que poder cheguei a me desprender e a me elevar no ar. Depois desse acontecimento, suponho ter passado um período bastante longo em estado de inconsciência, ou de sono (o que, aliás, acontece frequentemente, se bem isso não se dê em todos os casos); deduzo-o do fato que, quando tornei a ver o meu cadáver, estava ele em estado de adiantada decomposição. / Logo que voltei a mim, todos os acontecimentos de minha vida me desfilaram sob as vistas, como num panorama; eram visões vivas, muito reais, em dimensões naturais, como o meu passado se houvera tornado presente. Foi todo o meu passado o que revi, compreendido o último episódi o da minha desencarnação.”

A esta altura, o Espírito se lembrou da afirmativa dos espíritas que Espíritos desencarnados eram aguardados por parentes ou por Espíritos-guardiães, quando viu dois Espíritos que lhe eram desconhecidos, mas para os quais se sentiu atraído por um sentimento de afinidade. Chamado pelo nome, foi conduzido por eles a um lugar onde se agrupavam outros Espíritos, entre os quais reconheceu alguns que haviam desencarnado há algum tempo, sentindo-se, mais à vontade, grato à Misericórdia Divina, que não desampara nenhum de seus filhos.

(*) clínico geral e psiquiatra

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por