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Papelão

Bem que nos avisaram numa publicidade: Você vai se surpreender!” E foram muitas as surpresas...

Mário Salvador
mariosalvador@terra.com.br
Publicado em 11/04/2017 às 20:00Atualizado em 16/12/2022 às 14:04
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Bem que nos avisaram numa publicidade: “Você vai se surpreender!” E foram muitas as surpresas. A operação Carne Fraca apontou empresas acusadas de adulterar a carne que vendiam no mercado interno e externo. Tentaram desviar o foco da investigação da Polícia Federal, alegando falha de interpretação referente a uma conversa conseguida através de escuta telefônica em que o assunto da troca de embalagem de plástico por papelão ficou parecendo se tratar de misturar papelão na carne. Porém o foco da experiente Polícia Federal era a conivência do Serviço de Inspeção Federal - SIF - com os frigoríficos, pois fiscais da inspeção, que liberam licenças para frigoríficos comercializarem produtos, não exerceram de maneira idônea suas tarefas: fiscalizar, examinar, conferir e liberar o produto.

Quando a bomba estourou, compradores internacionais, prudentes, suspenderam, até a elucidação dos fatos, a compra de carne do Brasil, líder mundial em exportação do produto. Toda a cadeia relacionada à carne – do pasto ao prato – estava sendo abatida. Em nome do bom senso, autoridades brasileiras agiram, dando feedback à altura, aos consumidores internacionais.

Vieram as surpresas: de imediato, fiscais envolvidos na liberação de licença para venda de carne foram afastados; a fiscalização, feita inclusive pelo Ministro da Agricultura, se tornou rigorosa – compromisso que precisa ser permanente; fabricantes retiraram do mercado produtos impróprios para consumo; fecharam-se frigoríficos (alguns, temporariamente - até se adequarem às normas); multas de cinco mil a quinhentos mil reais estão sendo aplicadas; e, recebendo por três vezes a maior multa, o fechamento do frigorífico é definitivo.

O mercado internacional reagiu bem às medidas governamentais e voltou a adquirir a carne brasileira, agora vista “com todos os requisitos de um produto final saudável” - ideia divulgada pela imprensa à exaustão. Uma vez superado, esse transtorno deixou de ser a tônica na mídia, sinal de bom trabalho por parte de autoridades, bem como de acerto de conduta dos que estavam errados. Todos saíram ganhand consumidor, empregado da produção, industrialização e comercialização de carne, e o país; ou seja, houve ganhos “do pasto ao prato”.

E o tal papelão? Papelão fez o governo, que não fiscalizava corretamente o setor. Felizmente a Polícia Federal colaborou tanto para termos a carne nossa de cada dia da melhor qualidade quanto para esclarecer os fatos. Carne boa tem nome: Carne Brasileira. E não precisa de propaganda, mas de qualidade.

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