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Para ler nas férias

Estimado leitor, aproveitando que você está de férias, tomo a liberdade de indicar alguns livros para ajudá-lo a matar o tempo. São obras que fui lendo ao longo da vida

Mozart Lacerda Filho
Publicado em 03/01/2010 às 16:00Atualizado em 20/12/2022 às 08:44
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Estimado leitor, aproveitando que você está de férias, tomo a liberdade de indicar alguns livros para ajudá-lo a matar o tempo. São obras que fui lendo ao longo da vida e que gostaria de compartilhar com vocês. Treze à Mesa (Agatha Christie). Suspense de final surpreendente, onde podemos perceber toda a genialidade da autora. Famosa atriz deseja se separar do marido, que repentinamente aparece morto. Todas as suspeitas recaem sobre a esposa, mas ela estava, na hora do crime, numa festa com doze pessoas. Neste ambiente de incertezas, a trama se desenvolve. O Futuro da Humanidade (Augusto Cury). Marco Pólo é aluno do curso de medicina e na primeira aula de anatomia pergunta ao professor quem era aquele cadáver que eles preparavam para dissecar. Em tom de superioridade, o renomado professor responde que não é ninguém. Marco Pólo retruca dizendo que todos nós somos alguém, dotados de nome, sobrenome e história de vida. O professor propõe, em tom jocoso, que Marco Pólo descobrisse quem eram aqueles cadáveres. O que se lê a partir daí é uma verdadeira lição de vida. Eu Não Sou Cachorro, Não (Paulo César de Araújo). O autor é historiador e nessa sua dissertação de mestrado mostra como as chamadas músicas bregas (e seus intérpretes) também ofertaram resistência ao regime militar. Por ser um profundo conhecedor do assunto, Paulo César mostra que nem só de Caetano Veloso e Chico Buarque vivia a música de protesto no Brasil. Leitura simplesmente imperdível. A República (Platão). O aluno de Sócrates era dono de uma escrita elegante e por isso seus livros são facilmente compreendidos pelo público não-especializado. Esta obra é uma espécie de síntese das ideias que marcaram o pensamento de Platão. Na tentativa de preconizar como a cidade ideal deveria funcionar, ele escreve sobre justiça, virtudes, economia, educação, teoria do conhecimento, ética, estética dentre outros assuntos. Leitura obrigatória para quem deseja compreender um pouco mais sobre filosofia. Feliz Ano Novo (Rubem Fonseca). No conto que dá título ao livro, o autor expõe cruamente o contraste entre a classe marginalizada, pobre e a burguesia, abastada e indiferente ao que acontece na periferia. Em tom amargo, Rubem Fonseca trata de um dos mais antigos problemas da nossa sociedade: a péssima distribuição de renda do nosso povo. Lançado em 1975, foi censurado pelo regime militar.

Muitas dessas obras o estimado leitor encontra, na íntegra, na internet, em formato de livro eletrônico. Boa leitura e que tenhamos, todos, um ano de 2010 de muita luz, saúde e realizações.

(*) doutorando em História e professor do Colégio Cenecista Dr. José Ferreira, da Facthus e da UFTM mailtmozart.lacerda@uol.com.br

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