Tinha por hábito, anotar coisas que lia. De quando em vez, ainda busco naquelas anotações guardadas, sugestões para escrever. Como se percebe, de há muito se previa que a eletrônica acabaria por permitir ao homem, façanhas jamais pensadas. Dentre algumas, relata-se que manteve comunicação com outros seres através de um aparelho desenvolvido na Califórnia sob a vigilância da Sociedade Listening Incorporated, com contrato com a marinha americana. A primeira comunicação foi realizada com os delfins em razão de se conceber que sua elevada trama neurônica, lhe confere inteligência de uma criança normal com idade de cinco anos. No cérebro humano, essa trama é da ordem de 10 bilhões de neurônios—e que nos delfins, é estimada próxima da metade. Diante de tal consideração, atrevidamente ainda chamamos os delfins de bicho. Em cada neurônio, estima-se a existência de 80 mil moléculas suscetíveis de comportar informações. Essas informações se registram uma por uma, assim como digitamos os números em um teclado de telefone. Essa forma de comunicação foi experimentada através de um transformador que em funcionamento, foi suficiente para traduzir vinte palavras em linguagem de delfins. O homem fala diante de um microfone. O transformador produz sob a água, assobios em linguagem dos delfins. Por outro lado, o delfim assobia, o radar recepciona os assobios e o transformador registra os sinais que traduzidos, são palavras. Foi provado por experiência, que eles entendem sempre. Fizeram flutuar na laguna do Coco [Havaí], onde mantém dois delfins, cinco objetos de cores plenamente diferentes. Pediu-se ao delfim, buscar um desses flutuados. Ele o fez, provando haver entendido ao que lhe foi pedido. Pela primeira vez na historia da ciência, uma comunicação com outra inteligência inferior, foi realizada e transmitida pela televisão francesa em, 1998. Após a experiência, a Sociedade Escuta S.A, produziu um pequeno radar denominado Sondol, para os mergulhadores. Esse radar permite ao mergulhador identificar e descobrir objetos como também, desvia-lo de qualquer obstáculo indesejável. A sua eficiência é tão segura que mesmo em águas completamente opacas, com lamas em suspensão, o mergulhador equipado com o Sandol, terá normal orientação. Sabe-se que os delfins, os morcegos e alguns peixes, possuem uma espécie de radar que permite a eles, se desviarem de certos obstáculos distantes em até 100 metros. No começo pensou-se aplicar esse principio aos cegos. Como na atmosfera as frequências sonoras não se propagam como no meio líquido, há problemas que invalidam o Sondol, mas que as pesquisas continuariam nos laboratórios da Listening Incorporated. Afirmavam estar realizando experiências com uma bengala que permitirá aos cegos uma orientação perfeita. Se ainda em plano e se concretizar, PARA OS CEGOS, QUE BOM SERÁ...
Alguns dados coletados da Revista Planeta [ano?]
(*) Odontólogo; ex-professor universitário