Caso se concretize, a parceria entre Cruzeiro e Uberlândia, deverá render bons frutos para o time da cidade vizinha.
Apesar de nos últimos tempos o Uberaba Sport vir demonstrando mais competência dentro de campo do que o Verdão, nos bastidores, a iniciativa dos uberlandenses foi sinônimo de competência e visão de futuro.
Ora, da última vez em que o clube celeste desenvolveu algo parecido, o Ipatinga sagrou-se campeão Mineiro, em 2005. Naquela época, o povo dizia que o campeão era o Cruzeiro “B”. Pode até ser, mais o título e o troféu estão lá, guardadinhos na sede do clube do Vale do Aço.
O nosso Colorado, que atualmente disputa a Série D e defende o título da Taça Minas, pode até nos dar alegrias agora, no presente. Mas, todos sabem que ao término das competições, o grupo tende a ser todo desmontado e a chance de se criar algum jogador, uma promessa, é quase mínima.
Isso é lamentável.Aproveitando o embalo e a astúcia dos rivais, cabe à diretoria do USC firmar parcerias com grandes equipes, como, por exemplo, o Atlético Mineiro.
No entanto, o Colorado esbarra em outro problema, talvez ainda mais grave: a ausência total de estrutura física. Isso o Uberlândia Esporte tem.Promessas foram feitas, discussões foram registradas, muito se falou, mas, até hoje, o clube ainda não possui uma casa.
Depois do despejo, quando o USC foi obrigado a sair de Boulanger Pucci, o clube, além de estar no vermelho, também ficou sem lar, sem teto, sem aquele ponto de encontro dos torcedores mais apaixonados.Pensar nas disputas de competições que darão visibilidade ao clube e à cidade é importante. Porém, não é tudo.
Talvez, fazer o que recomendam muitos especialistas, quando afirmam que o melhor é recomeçar do zero, seja o melhor, apesar de ser também o mais doloroso.
Não ver o USC em campo, jogando com grandes times enquanto o clube não restabeleça completamente sua estrutura, deve ser triste, o mesmo que a morte para alguns torcedores. Porém, o risco que se corre atualmente é maior, muito maior: mesmo vencendo, não há nem sinais de uma revelação, algum jogador excepcional que, se bem negociado, pode render bons dividendos aos caixas, o suficiente para se começar a arrumar a casa. De olho no futuro, é assim que deveria ser.