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Parece que o jeito foi degustar

De quando em quando, ouvimos que em razão

Manoel Therezo
Publicado em 22/09/2012 às 19:45Atualizado em 19/12/2022 às 17:17
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De quando em quando, ouvimos que em razão dos desmatamentos, do desperdício ou desregrado uso da água, da redução do espaço para os plantios, das devastações das matas ciliares, da explosão demográfica, o mundo futuro será inóspito aos seres viventes. Evidentemente que as consequências desses procedimentos tornarão o mundo sem qualquer reflexo de vida para as criaturas de hoje—mas não para nós que seremos aquelas Ajustadas criaturas do futuro porque, nada mais do que há na existência, é criado. Tudo se repete no contínuo círculo da vida. Se assim não for e novos Seres forem criados, o Senhor da vida estará destruindo no sufoco demográfico, a sua própria obra. Esse equilíbrio é mantido pelas sucessivas interrupções (mortes) e (renascimentos). Se naquele mundo que se imagina houver ausência do oxigênio, o homem do amanhã estará Ajustado. Não necessitará dele, como já ocorre com as bactérias anaeróbias que dele não necessitam, porque não respiram—aliás, o oxigênio lhe é um fator morbígeno (mortal). Quem sabe também, o homem do amanhã não necessitará tanto de alimentos como acontece com os peixes em sua época de hibernação? Não há como olvidar que o Meio e o Ser se ajustam. É a Lei do Equilíbrio Universal, fundamental à vida. Fatos claríssimos comprovam esse processo. As baleias inicialmente mamíferos terrestres, optaram secundariamente   pelo mundo aquático sem que se saiba a razão. Mesmo ainda não bem ajustadas em seu novo mundo, vivem e procriam normalmente. Quantos animais selvagens, bravios, perigosos por índole, trazidos das selvas para o nosso meio, tornam-se curiosidades mansas visitadas nos zoológicos? Muitos peixes predadores, próprios de águas profundas e correntes, tem se ajustado em águas paradas e rasas, sem prejuízos ao seu instinto predador. Vimos pela televisão em o “Mundo Animal”, que um urso polar paulatinamente ajustado ao clima quente, perdeu em pouco tempo, muito de suas caraterísticas. Será que o Ajustamento apenas acontece no meio irracional? Será que o homem atual já não o experimenta? Será que a última parcela óssea de sua coluna vertebral (cóccix), hoje reduzida não diz desse processo? Será que naquele mundo do amanhã, o homem por força do Ajustamento não se alimentará sem repugnâncias como hoje já se come com naturalidade, ostras, caranguejos, polvos, testículo de boi e outros a molho pardo? Serão os povos doutros continentes mais Ajustados porque já apreciam a sopa de minhocas gosmentas, formigas tanajura, rato assado, espetinho de escorpião, carrapatos em farofa, cobras escolhidas, bernes vivos em ponta de palitos como se fossem azeitonas? Se comer tais estranhos disser de um Ajustamento adiantado, o que então dizer da tribo entrevistada que conserva para comer em dias festivos, fetos humanos abortados com placenta e tudo? Para aqueles da tribo Ajustada, nada sentem de repugnante. Diferente para o reporte não Ajustado que, apesar das ânsias de vómitos e da insistência daqueles índios parece que o JEITO FOI DEGUSTAR.

(*) Odontólogo; ex-professor universitário

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