ARTICULISTAS

Pequenas causas sem conciliação

Crônica do quotidiano às vezes pode parecer repetitiva

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 22/05/2012 às 19:49Atualizado em 19/12/2022 às 19:34
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Crônica do quotidiano às vezes pode parecer repetitiva, devido aos fatos que se repetem sem que houvesse mudanças de comportamento daqueles que prestam serviços, ou vendem seus serviços através da internet, dos meios de comunicação sem que saibamos de onde vêm as ligações ou onde estão instalados. Quem nunca foi incomodado com um chamamento ao telefone e ao atender não se arrependeu, deve continuar a ler esta crônica, embora pouco aprenda com ela. Ao atender o telefone, havia acabado de assistir ao comercial daquele produto na TV. Ao se declinar da compra, a vendedora, em contrapartida, ampliava as facilidades, concedia mais descontos para pagamento com o cartão de crédito e insistia. Ofereceu-lhe, por fim, acesso a canais não incluídos no pacote, que ele não queria e que a vendedora tentava lhe vender. A atitude invasiva não cessou diante da negativa, pois, segundos depois, o seu celular tocou e ele atendeu. E, para o seu susto, era a mesma empresa, com a mesma ladainha. Frente à negativa, mais uma vez pensou que estava isento aos novos ataques. Que nada. Durante a semana, recebeu outras ligações até ceder e assinar o canal SKY. Assinou. Com o passar dos meses, percebeu que comprou o nada só para sintonizar pregações que ele pode ter a qualquer passo pelas ruas de sua cidade. Ao querer cancelar a assinatura, iniciou o exercício da paciência e da persistência, embora sem êxito. Tentou por várias vezes, sem sucesso, cancelar aquela assinatura da TV paga, até que, enfim, resolveu deixar de pagar as parcelas para conseguir uma negociação para o cancelamento, porque, ao tentar cancelar, não conseguia falar com o responsável. Certo dia, ainda no exercício da paciência, tentou cancelar a sua assinatura na Sky. Anotou num canto da agenda; hoje fiquei 20 – vinte – minutos tentando falar com a empresa. Ao ligar pra lá, é recepcionado imediatamente por uma gravação que o ia orientando sobre o que fazer; qual teclado tocar – por telefone digital você não consegue realizar a solicitação – e, assim, clicando, aguardando, até chegar aquele momento finalístico. Para cancelamento, disque tal número. Aí vem uma nova informação; “tenho aqui o número do protocolo deste atendimento”, e diz a sequência dos números, aguardando até ser encaminhado ao departamento responsável pelo cancelamento. No entanto, continua aguardando o atendimento. Ao fundo, aquele eco, sem música, aquele vazio oco, que não se sabe se está ou não conectado, se será atendido ou não pela Sky. Não consegue cancelar. Enfim, o meu amigo Evódio não consegue cancelar a assinatura e, por isso, deixou de pagar, levando o caso ao Procon. Não quis o Juizado Especial, porque ali os fatos se arrastam por vários meses, anos afinco, inconclusos, sem um parecer final. Ali o simples torna-se complexo, moroso e longevo demais. 

(*) Professor

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