ARTICULISTAS

Pessimismo desumano

O novo nos causa algum tipo de desconforto

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 28/05/2013 às 20:12Atualizado em 19/12/2022 às 12:48
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O novo nos causa algum tipo de desconforto. Seja quando se ocupa um degrau acima de onde se está, ou quando se recomeça. Mas, em qualquer hipótese, o passado é a referência nas reflexões, mas não determinante no novo fazer. Se for, ficar-se-á na mesmice. Alguns dos cinquentões uberabenses gostam de repisar a história do bairrismo entre Uberaba e Uberlândia e concluem com aquela máxima de que a cidade sempre perdeu para Uberlândia. Ninguém perde o que não se tem. Talvez aquele pensamento tenha servido para que a maioria dos prefeitos e dos vereadores que governaram a cidade fossem pessoas das cidades vizinhas que acreditaram mais na cidade do que o próprio uberabense. O princípio do Título de Cidadão Uberabense é esse, homenagear quem acreditou na cidade, embora várias não acreditem. Debater a criação da Região Metropolitana com os olhos no passado só servirá se os debatedores quiserem enfrentar a realidade. Senão, ficarão resmungando sem agregarem ideias novas. Política não é achismo, palpite, e sim ciência do comportamento. O político tem a responsabilidade de interpretar os anseios da sociedade, e não de ser unicamente o tradutor de suas neuroses pregressas ou anunciador do pessimismo. Tivemos prefeitos com vários perfis e o que mais marcou Uberaba foi aquele que acreditou, correu atrás e fez a coisa acontecer. Esse papo de afirmar que perdemos tudo para Uberlândia é conversa pra boi dormir. É pensamento derrotista para gerar o pessimismo como estratégia de dominação. Uberaba custou a ter a sua Universidade Federal por causa dos  uberabenses – Uberlândia não foi culpada. Forças internas inviabilizaram mais do que as forças externas. Quando o Cefet foi transformado em IFTM, tentaram levar a reitoria para Uberlândia. Se não fosse a ação correta e precisa de um conjunto político, a reitoria não ficaria em Uberaba, iria para Uberlândia. Se houvesse somente chorões à frente das negociações, e não homens com ideal e sabedores do que queriam, essa história seria outra. É preciso enfrentar o debate da criação da região Metropolitana com a participação dos segmentos representativos da sociedade uberabense, inclusive da Câmara Municipal sob a liderança do Prefeito Municipal. Piau, não recue, não. Seja estratégico, enfrente as diferenças. Não deixe que o pessimismo ou os falsos defensores da liderança de Uberaba obstaculize o debate. Embora o seu currículo seja de luta, ouso-me aconselhá-lo. É desumano o pessimismo, ele é contra a natureza humana, que pede evolução. O pessimista, por não crer no futuro, não é feliz e vive dos resmungos como justificativa das derrotas, no entanto, não agiu. Temos a oportunidade de escrever outra história, vivenciar e proporcionar novas perspectivas. Quem estiver mais bem organizado fará prevalecer suas perspectivas. Senão, não. Vamos nos organizar, levar nossas propostas e deixar os pessimistas resmungando.

 

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