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Poetas e poesias agindo

Tomou posse na Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 12/03/2013 às 19:51Atualizado em 19/12/2022 às 14:17
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Tomou posse na Academia de Letras do Triângulo Mineiro o mais talentoso dos historiadores da nossa Região. Jornalista por vocação, poeta por destino, faz de seu legado pessoal um arranjo de bom gosto e de estudos históricos. Ele é amante do teatro, da música. Vários são seus conhecidos, mas a sua intimidade é singular, e para poucos. Ele recebeu uma herança do não menos talentoso Dr. José Humberto Henriques. Homem plural, de uma verve literária inigualável, não só em comparação às nossas bandas, mas em referencial ampliado pelos Continentes. Os imortais, que se reúnem em Academia itinerante, receberam do companheiro de academia Narcio Rodrigues a proposta de construção de sua sede, projetada para a área da Mojiana. Ali, o conjunto arquitetônico composto pelo Arquivo Público, Casa do Artesão – estes já construídos – chamar-se-á “Estação Memória”. A sede da Academia de Letras está projetada para lá. Caberá à nova diretoria dar sequência ao legado apresentado e conduzido pelo ex-presidente. Porém, o diálogo é fundamental. Narcio e Paulo Piau se encontraram para dar o exemplo e pra falar de obras, portanto, o caminho está aberto ao diálogo, e não poderia ser diferente. Governo não é coisa pessoal, é do coletivo. Outro passo importante dado pelo secretário Narcio Rodrigues em Uberaba é a Hemeroteca, um instrumento de preservação cultural da memória jornalística. Uma homenagem que o jornalista presta aos companheiros da comunicação impressa, assim como a Sede da Academia de Letras, é uma homenagem à leitura. Assim entra Jorge, sai José. José Humberto Henriques é o mais substancioso escritor dos últimos tempos no Brasil. Quem não leu “Pernaiada”, “Travessia das Araras”, “Nouvelle”, “Constelações” e “Porcos para o Comendador”?... Tantas outras obras que se somam a mais de duas centenas, que não se perdem em qualidade e nem são rasas em seus enredos, desconhecem o perfil ideal de uma leitura. Ele é um escritor que transforma o cotidiano em pontos de reflexão. O Zé, por ter o domínio sobre os elementos da natureza – fauna e flora – leva-nos a viagens rasantes e ao convívio com personagens que transubstanciam a indiferença urbana em fenômeno do despertar. Suas mulheres literárias são sensualmente simples e provocantes nas suas complexas exigências. A gente é que não percebe que elas são assim. Seus livros são de leituras imperdíveis, intransferíveis, inadiáveis, como tudo que é belo. Esse escritor apresentou, por meio do atual presidente Jorge Alberto, a proposta de Narcio Rodrigues para a construção da Sede da ALTM. Assim, portanto, caberá à nova Diretoria dar continuidade, se assim entender. O que não se pode ter mais são as perdas, a exemplo daquelas que o IFTM e a UFTM impingiram a todos nós, por pura timidez ou talvez surdez.   

(*) Professor

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