INVESTIGAÇÃO

Acusado de estupro na PMU teria molestado outras vítimas

A informação é do delegado-chefe da Polícia Civil, Felipe Colombari; o caso está sendo investigado há dois meses em Uberaba

Publicado em 02/06/2025 às 11:24Atualizado em 02/06/2025 às 22:04
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A previsão é que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês, para ser remetido ao Ministério Público e Judiciário (Foto/Reprodução)

A previsão é que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês, para ser remetido ao Ministério Público e Judiciário (Foto/Reprodução)

Apesar de ter vindo à tona no último fim de semana, denúncia de estupro que teria ocorrido dentro do Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Uberaba já estava sob investigação há dois meses. A informação é do delegado-chefe da Polícia Civil, Felipe Colombari, em entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM. Segundo ele, o caso foi reportado à corporação pelo Executivo Municipal, inicialmente como assédio e, durante a instrução policial, o crime analisado mudou de natureza. Mais vítimas teriam relatado casos de natureza sexual também à Polícia Civil. A previsão é de que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês, para ser remetido ao Ministério Público e Judiciário, caso seja constatado crime praticado pelo servidor público municipal.

“Existe uma investigação iniciada na Polícia Civil há dois meses. Foi reportado pelo Executivo Municipal. A documentação foi encaminhada à época. A pessoa já foi ouvida. Outras pessoas apareceram como supostas vítimas também de outros delitos supostamente praticados pelo investigado e o inquérito policial está em fase de instrução, com a oitiva de testemunhas, juntadas e análises de laudos. Então, o que a gente pode dizer desse caso é que as vítimas são mulheres, são crimes contra a dignidade sexual e existe sigilo extra sobre isso. O Município adotou as medidas administrativas que deveria adotar à época e a Polícia Civil segue com a investigação, que tem uma complexidade maior pelo fato de ter mais pessoas envolvidas, e no prazo regulamentar deve estar concluído [o inquérito]. Acredito que até o final do mês a gente já tenha uma resposta sobre indiciamento ou não e quais são as vítimas ou não”, explicou Colombari.

Questionado, o delegado confirmou que o delito foi reportado pelo Executivo como assédio e, no curso do inquérito policial, o crime apurado mudou de natureza para estupro. Contudo, pelo fato de o investigado estar afastado das funções no serviço público, o caso não deve gerar prisão preventiva. “Teria que analisar as circunstâncias do que é contemporâneo, se continua ou não. A informação que eu tenho é que ele está afastado das funções. Então, em tese, onde ele poderia voltar a delinquir não tem mais esse risco”, pondera o delegado.

Caso o investigado seja condenado, no entanto, o crime de estupro pode gerar pena mínima de oito anos de reclusão, sendo cumprido inicialmente em regime fechado. Mas Felipe Colombari adverte que o caso ainda está muito embrionário para que qualquer julgamento seja feito. “O estupro é um dos crimes mais perversos que a gente tem. Logicamente, se a pena começar em 8 anos, no mínimo, inicia em regime fechado. Mas isso é lá na frente. Vai ser ouvido na instrução do inquérito, na instrução processual e só ao final, um juiz, numa sentença condenatória ou não, vai dizer o que foi que realmente aconteceu”, relembra Colombari.

Ele ainda pontua que o fato de ter mais vítimas envolvidas leva a Polícia Civil a redobrar a cautela. “Chama a atenção pela suposta pluralidade de vítimas, por isso que a Polícia Civil está investigando com toda cautela e cuidado, para que todas as versões sejam colhidas e que a verdade seja retratada em um relatório policial. É muito importante ouvir todos os lados e [colher] informações, em que pese a palavra da vítima ter preponderância nesse tipo de delito”, finaliza o delegado.

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