Fernando Roberto Ribeiro, 31 anos, que seguia em estrada de terra com outros dois colegas a caminho de casa de recuperação, situada nas proximidades da penitenciária
Jairo Chagas
Após ser atingido no peito por bala perdida, Fernando Roberto não resistiu e morreu na própria estrada de terra em que caminhava
Fernando Roberto Ribeiro, 31 anos, que seguia em estrada de terra com outros dois colegas a caminho de casa de recuperação, situada nas proximidades da penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira”, morreu, na tarde de ontem, quando foi atingido no peito por bala perdida durante tiroteio entre bandos rivais. Perícia técnica esteve no local e agora a Polícia Civil investiga o crime.
Segundo informações, os três homens ficaram no meio do tiroteio, que aconteceu por motivos desconhecidos, e, inicialmente, acharam que os tiros fossem fogos de artificio. Dois indivíduos que estavam na troca de tiros são suspeitos de roubar loja do bairro Elza Amui, também na tarde de ontem, e, depois de trocar tiros com desafetos, foram presos no anel viário (sentido penitenciária-Ligação 798), mas também após troca de tiros com a Polícia Militar. Eles acabaram atingidos nas pernas e encaminhados ao Hospital de Clínicas da UFTM pela unidade de resgate do Samu, sendo que o Corpo de Bombeiros também participou dos primeiros socorros.
Durante a perseguição, os suspeitos baleados usaram veículo VW Gol de cor verde e jogaram arma de fogo em matagal, que, até o fechamento desta edição, não havia sido localizada. O Gol foi apreendido pela PM, passou por perícia e, em seguida, acabou encaminhado ao pátio conveniado do Detran.
Segundo o tenente Oliveira, da Polícia Militar, duas mulheres, que foram detidas por agentes penitenciários quando tentavam fugir no momento do segundo tiroteio, são suspeitas de participação no roubo de loja do Elza Amui com os dois baleados. “Mas, por enquanto, não temos a informação se as mulheres praticaram de fato o roubo ou se apenas os acompanharam neste crime”, comentou.
Depoimento de uma das testemunhas. Um dos homens que caminhavam pela estrada de terra com a vítima fatal confirmou que, no momento do tiroteio, não havia policiais no local. “Quando o Fernando levou o tiro, eu liguei para o pastor da nossa igreja acionar a polícia. Nos dois lados da estrada [locais com matagal] havia bandidos que trocavam tiros entre eles”, contou.