Operação cumpre 23 mandados em quatro estados, incluindo dois em Uberaba, e mira esquema de contrabando de cigarros que movimentou R$ 50 milhões
(Foto/Divulgação)
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A terça-feira (26) amanheceu com agentes da Polícia Federal nas ruas de Uberaba. A Operação Sinal de Fumaça II teve o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, cumpridos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Em Uberaba, foram dois mandados de busca e apreensão e um de prisão cumpridos. Além de agentes da PF, a operação contou com parceria com a Receita Federal, a Receita Estadual de Minas Gerais (SEF-MG) e o Ministério Público Federal (MPF) e apura a produção, distribuição e venda de cigarros fabricados de forma clandestina e sem controle fiscal. O esquema teria movimentado cerca de R$ 50 milhões.
Em Uberaba, dois endereços, incluindo residências e depósitos, receberam a visita dos agentes, e houve apreensão de veículos, arma de fogo, munições e documentos. Segundo informações repassadas ao Jornal da Manhã, um homem foi preso. Em Minas Gerais, outros seis mandados de busca ocorreram em Belo Horizonte. Não houve a confirmação de quais ações foram realizadas nos demais estados.
Segundo a investigação, a organização criminosa não se restringia à produção ilegal de cigarros. Servidores públicos e um profissional liberal recebiam vantagens indevidas para favorecer o grupo. Imagens divulgadas à imprensa mostram grande quantidade de dinheiro apreendido, além de armas, munições e cigarros.
O trabalho contou com a atuação de 20 auditores fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais, incluindo especialistas em duplicação forense de arquivos digitais, além de 13 auditores e analistas tributários da Receita Federal e 69 policiais federais. A integração entre os órgãos permitiu rastrear movimentações financeiras, identificar mecanismos de sonegação e lavagem de dinheiro e reunir elementos robustos para fundamentar as acusações de sonegação fiscal, organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de capitais.
De acordo com as informações policiais, foram apreendidos, até o momento, 12 veículos, 11 celulares, um notebook, 300 cheques, três armas e munição, documentos diversos, diversas amostras de cigarro e duas máquinas de contar dinheiro. Além de dinheiro, que, até o momento, ainda não foi contabilizado.
A Operação Sinal de Fumaça II é um desdobramento da primeira fase, deflagrada em outubro de 2024. Nesta etapa, os envolvidos foram indiciados por crimes como organização criminosa, falsificação de produtos, falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, as penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
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