DOIS TIROS

“Investidas inconvenientes” a mulher teriam motivado disparos a cliente em choperia

Carlos Paiva
Publicado em 03/06/2023 às 19:48
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 (Foto/Ilustrativa)

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Dono de choperia, de 41 anos, foi preso e teve sua arma de fogo, uma pistola 9mm, apreendida, após alvejar cliente, de 39 anos, com dois tiros, na rua Egídio Fantato, bairro Manoel Mendes, na sexta-feira (2). A motivação estaria relacionada às investidas inconvenientes a uma também cliente no interior da choperia. Após ser baleada, a vítima foi para sua casa e acionou o seu patrão para lhe prestar socorro. O homem foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Benedito. O autor foi encaminhado, juntamente com a arma de fogo legalizada, à presença da autoridade policial na Polícia Civil.

Policiais militares do Tático Móvel da 147ª Companhia do 4ºBPM foram designados a atender a um chamado na UPA, onde um homem teria dado entrada com duas perfurações por projéteis de arma de fogo. No local, conversaram com uma testemunha, que é patrão da vítima.

Ele disse que recebeu ligação do funcionário, informando que teria sido alvejado por disparo de arma de fogo após sair de um bar, no bairro Oneida Mendes, e que, posteriormente, teria se deslocado para sua residência, no bairro de Lourdes. Após testemunha receber ligação, deslocou-se até a casa da vítima e a encontrou em via pública, momento em que a encaminhou para a UPA São Benedito.

A vítima disse aos militares do Tático Móvel que estava no bar (choperia), localizado na rua Egídio Fantato, sendo que, após alguns minutos, adentrou ao estabelecimento uma mulher (a qual ele alega que não conhece e não sabe sequer o nome) e passaram a beber juntos.

O homem relata ainda que, de repente, o dono do bar passou a brigar com ele. Nesse momento, para evitar confronto, ele teria se retirado do bar, mas o autor o teria acompanhado até o lado externo do estabelecimento, relata.  Após derrubá-lo ao solo, o dono do bar (choperia) teria efetuado dois disparos em sua direção e, em seguida, retornado para o interior do estabelecimento comercial, conta.

Ainda segundo os relatos da vítima, após ser alvejada pelos tiros, evadiu-se do local, deixando sua motocicleta para trás, e, após chegar em sua residência, acionou seu patrão para que o conduzisse até a UPA.

Em seguida, os militares foram até o bar e se depararam com o local deserto e fechado. No local foi encontrada a motocicleta da vítima, uma Suzuki, 125cc, modelo Yes, cor prata, placa de Uberaba, estacionada defronte à choperia.

Em vistoria na área, os militares localizaram três cápsulas de munição calibre 9mm caídas ao solo. Durante levantamentos, os militares conseguiram a localização do acusado, que não foi encontrado em primeiro momento.

Durante rastreamento, os militares conseguiram prender o acusado, que estava em uma caminhonete VW Amarok, cor preta, placas de Uberaba, saindo de sua casa.

Ele disse aos militares que é dono do bar e que a vítima chegou e em seguida entrou uma mulher, que ele também desconhece. A vítima teria se aproximado e oferecido para pagar bebidas para ela. A mulher teria aceito a oferta, porém sem assumir qualquer tipo de compromisso com a vítima.

Após algum tempo, ainda de acordo com o dono do bar, a vítima passou a constranger a mulher, exigindo que ela saísse com ele. A mulher teria se dirigido ao dono do bar para se ver livre das investidas inconvenientes da vítima. O proprietário do comércio pediu para que a vítima fosse embora, pois iria fechar. De início, a vítima atendeu, mas depois retornou e passou a insistir que queria sair com a mulher.

O dono do bar acompanhou a saída da mulher, mas acabaram sendo surpreendidos com a volta da vítima, momento em que, de forma exaltada, tentou invadir o estabelecimento, forçando a porta e tentando passar agachado. A mulher teria fugido para os fundos do bar.

O dono do bar relata ainda que a vítima passou a proferir xingamentos e ameaças, afirmando ser do estado de São Paulo e com ares de pertencer a facção criminosa. O homem levou a mão na cintura e simulou estar armado, momento em que o dono do bar, receando por sua vida e a da mulher, sacou uma pistola Taurus 9mm e efetuou dois disparos em direção ao solo e um para cima, sem, contudo, ter a intenção de atingir a vítima.

A vítima, então, saiu do local na motocicleta, mas, ao percorrer alguns metros, caiu ao solo e deixou o veículo ali. O dono do bar garante que apanhou a motocicleta e a estacionou, fechou o bar e foi para sua residência. Alegou, ainda, desconhecer o fato de ter alvejado seu cliente com dois tiros. Ele entregou a pistola e toda a documentação. A arma de fogo é legalizada.

A vítima ficou internada e apresentava ferimentos por projétil de arma de fogo em dois locais: uma lesão superficial no couro cabeludo e uma perfuração no braço esquerdo. 

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