I.R.S. disse ao delegado Ciro Moreira que, no dia do crime, estava no banco de trás da caminhonete de Gabriel, a qual estava em movimento e era conduzida pela vítima na hora do disparo
Jairo Chagas
No dia do homicídio, o jovem foi encontrado por agentes do Samu na caminhonete, que estava atravessada, com parte fora da pista
Mais um dos envolvidos no homicídio de Gabriel Ferreira Borges, 23 anos, morto no dia 27 de fevereiro na ligação 798, no trevo com o anel viário, se apresentou na Delegacia de Homicídios. Com o depoimento de outra pessoa que estava dentro da caminhonete no dia do crime, a Polícia Civil pediu a prisão do suspeito, que está foragido. A versão dos fatos é a mesma do primeiro testemunho, do primo de Gabriel.
I.R.S. disse ao delegado Ciro Moreira que, no dia do crime, estava no banco de trás da caminhonete de Gabriel, a qual estava em movimento e era conduzida pela vítima na hora do disparo. E ao lado dele estava o suspeito do crime, J.F.S.N. Também estava no veículo um primo de Gabriel, o primeiro a prestar depoimento, pouco tempo depois do dia do homicídio. “Eles estavam discutindo a divisão de produto de um roubo que eles cometeram naquele mesmo dia do homicídio, na parte da manhã, na cidade de Pirajuba”, contou o delegado.
Ainda de acordo com o depoimento, Gabriel havia pegado dinheiro emprestado com um agiota daquela cidade e pago a dívida. Então, ele sabia que este agiota tinha dinheiro em casa. Foi então que Gabriel combinou com os dois comparsas de irem até esta casa para roubar este indivíduo.
Foram até Pirajuba no carro de Gabriel. Segundo o depoimento, apenas o suspeito do homicídio desceu do carro para cometer o assalto. Mas o cidadão reagiu e os dois suspeitos só conseguiram levar uma corrente de ouro e um celular.
Voltando a Uberaba, eles se reencontraram para discutir como iria ficar a divisão da corrente de ouro. O Gabriel disse no carro que eles não teriam direito na corrente porque ele teria tido despesas neste crime. Mas o suspeito do crime insistiu que teria preferência de ficar com a joia, porque foi ele que teria descido e realizado o assalto. “Então, começou uma discussão e o suspeito deu o tiro na cabeça do Gabriel, com o carro ainda em movimento. O outro envolvido, que se apresentou recentemente, disse que ficou calado. Após o crime, o primo do Gabriel pulou do carro em movimento e outro rapaz também foi embora, ficando no local do crime apenas o suspeito, que levou a corrente de ouro e o celular da vítima”, informou o delegado, que ainda diz que os depoimentos dos dois que estavam no carro foram muito semelhantes. “Os dois falam a mesma versão. A única coisa que não acreditamos é que ele diz que não participou do roubo na cidade de Pirajuba”, completou o delegado.
O jovem que se apresentou tem emprego e residência fixa e neste momento ainda não será feita a sua prisão preventiva. O inquérito policial ainda não foi concluído.