Um motorista comunicou ter sido vítima de estelionato ao tentar adquirir uma moto elétrica anunciada em rede social por valor abaixo do praticado no mercado.
De acordo com o relato, ele viu o anúncio da motocicleta elétrica e entrou em contato com uma mulher. Ela afirmou que não poderia mostrar o veículo pessoalmente e orientou o interessado a falar com um homem apresentado como marido dela.
Esse segundo contato informou que um “compadre” mostraria a moto ao comprador e ainda orientou que, durante o encontro, o motorista não deveria comentar detalhes do acerto financeiro com quem exibisse o veículo. No local combinado, um homem recebeu o comprador e apresentou a moto.
A negociação foi então conduzida com aparente naturalidade. O valor pedido, segundo o relato, girava em torno de R$1.700. Após a apresentação, o motorista realizou Pix referente à compra. Logo depois do pagamento, assim como no golpe do carro, os contatos foram bloqueados e a etapa de transferência real de posse/documento simplesmente não aconteceu.
A vítima declarou que acreditava estar fazendo um bom negócio, já que motos elétricas são divulgadas como alternativa de baixo custo de uso: não exigem combustível, não pagam IPVA em muitas situações e têm manutenção simples. Porém, exatamente esse discurso, “é barato manter, é só carregar na energia, não paga imposto anual, você não vai gastar gasolina”, tem sido usado para convencer compradores a fechar o negócio rapidamente, sem consulta de procedência e sem ver nota fiscal original.
O caso foi registrado como estelionato. Assim como em outros golpes do tipo, a Polícia Civil deve investigar se as contas usadas para receber o dinheiro pertencem aos fraudadores ou se foram emprestadas por terceiros (“contas de aluguel”, muito comuns em golpes digitais).