O Sindicato Rural de Uberlândia, responsável pela organização da cavalgada, divulgou nota repudiando o episódio (Foto/Reprodução)
Uma denúncia de maus-tratos a uma mula durante a Cavalgada Camaru 2025,que aconteceu neste domingo (24) em Uberlândia, levou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil a abrirem uma investigação. O episódio ocorreu durante o transporte de animais que participavam do tradicional evento rural.
Nas redes sociais, circulam vídeos em que a mula aparece sendo agredida enquanto é forçada a entrar em um veículo de transporte. As imagens mostram o uso de chicotes e um dispositivo de choque. A pessoa que registrava a cena ainda foi ameaçada por um dos envolvidos na ação.
A Polícia Militar informou que, até o momento, não há indícios de que o homem que se apresentou como tenente pertença à corporação. As apurações sobre a identidade dele seguem em andamento.
A legislação brasileira prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa, para casos de maus-tratos a animais de grande porte. Se houver morte do animal, a pena pode ser aumentada. Já para cães e gatos, a punição é mais severa: reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal.
O Sindicato Rural de Uberlândia, responsável pela organização da cavalgada, divulgou nota repudiando o episódio. Segundo o comunicado, o vídeo mostra uma situação de manejo inapropriado envolvendo um asinino (animal da família dos jumentos) e que a conduta registrada não condiz com os princípios defendidos pela entidade.
A nota ainda reforça que o caso é isolado e que não representa a Cavalgada Camaru, evento que, segundo o sindicato, tem como foco a valorização das tradições rurais e o bem-estar dos animais. A entidade afirmou que está colaborando com as autoridades e cobra rigor na apuração dos fatos.