Jairo Chagas
Perito da Polícia Civil colhe provas no carro do agente penitenciário após o atentado no bairro Beija-Flor
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil e a Polícia Militar ainda não identificaram autor de tiro contra agente penitenciário de 40 anos, na noite de terça-feira (8), no bairro Beija-Flor 2. Segundo o delegado de Homicídios, Cyro Outeiro, o crime é investigado como tentativa de homicídio ou roubo tentado de veículo.
A vítima foi alvejada na cabeça, próximo da orelha, no momento em que parou em frente da casa da filha com o seu carro, um Ford Ka. O projétil atravessou o vidro da porta traseira de seu veículo. Segundo registro da Polícia Militar, após os primeiros atendimentos médicos, foi constatado que a bala ficou alojada no crânio do agente penitenciário. Ele foi socorrido consciente pela unidade de resgate do Samu e levado ao Hospital de Clínicas da UFTM. Até o fechamento desta edição, o agente penitenciário estava internado em estado estável no pronto-socorro do HC e não corria risco de morte.
“A gente não descarta nenhuma hipótese. Pode ter sido uma tentativa de roubo, mas, como houve outros casos em Uberaba de atentados contra agentes penitenciários, também consideramos que possa ter sido tentativa de homicídio. Então, estamos trabalhando e por enquanto está em aberto”, declarou Cyro Outeiro.
De acordo com o registro da PM, enquanto a filha da vítima permanecia no interior do carro conversando com o pai, em certo momento foram surpreendidos por um indivíduo magro, alto, usando boné. O suspeito exibiu arma de fogo, aproximou-se do veículo e exigiu que a vítima saísse do interior do mesmo.
Segundo testemunhas, pouco depois de ouvirem um disparo de arma de fogo, outro suspeito efetuou manobra brusca de marcha a ré em um veículo, deixando o local pela rua Laerte Rezende Júnior no sentido avenida Juca Pato. Através de câmeras de segurança das imediações do local do crime foi constatado que após o crime, possivelmente, os suspeitos utilizaram um veículo VW Gol de cor branca.
Após os trabalhos da perícia técnica da Polícia Civil, a arma de fogo do agente penitenciário, uma pistola calibre 380, carregada com 18 cartuchos intactos, foi recolhida e entregue na penitenciária "Professor Aluízio Ignácio de Oliveira". O seu veículo foi custodiado por uma das testemunhas.