CONTRABANDO FLUVIAL

Rios do Triângulo Mineiro viram rota do tráfico e mobilizam forças de segurança

Águas que dividem Minas, São Paulo e Mato Grosso do Sul passam a ser usadas por facções para transporte de drogas e contrabando

Publicado em 01/11/2025 às 08:52Atualizado em 01/11/2025 às 10:20
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Força-tarefa foi criada para conter as ações ilegais na região. (Foto/Divulgação)

Força-tarefa foi criada para conter as ações ilegais na região. (Foto/Divulgação)

Facções criminosas têm ampliado o uso dos rios Paranaíba, Grande e Paraná — que formam as divisas entre Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul — para o escoamento de drogas, armas e produtos contrabandeados. A movimentação pelas hidrovias consolidou o Triângulo Mineiro como um corredor estratégico para o crime organizado, levando as forças de segurança dos três estados a intensificar o monitoramento na região.

Para enfrentar o problema, foi criada uma força-tarefa interestadual com o objetivo de reforçar as operações e o patrulhamento fluvial. O plano de ação prevê o uso conjunto de recursos das polícias Militar e Civil, além da participação da Marinha do Brasil, que ficará responsável por mapear os trechos de rios e lagoas utilizados pelo tráfico e pelo descaminho.

A articulação foi definida em reunião realizada na quarta-feira (29), em Iturama (MG), com representantes das secretarias de segurança dos três estados, além de órgãos federais e das Forças Armadas. O encontro foi promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp).

De acordo com o subsecretário de Integração de Segurança Pública da Sejusp, Christian Viana, a meta é fortalecer a cooperação entre os estados e criar estratégias conjuntas contra o avanço das organizações criminosas. “Nosso foco é alinhar o trabalho operacional para enfrentar a criminalidade que não respeita fronteiras e tem se aproveitado das rotas fluviais”, afirmou.

Com localização estratégica na confluência dos três estados, Iturama foi escolhida como base para a implantação de políticas integradas de segurança. A região já é considerada uma das principais rotas do tráfico e do contrabando no país, o que, segundo a Sejusp, exige ações permanentes e coordenadas.

As hidrovias oferecem caminhos discretos e de difícil fiscalização, o que facilita a atuação das quadrilhas. As autoridades esperam que o aumento do patrulhamento e a integração entre as forças reduzam as vulnerabilidades da fronteira fluvial e dificultem o avanço do crime organizado na região.

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