O suspeito foi capturado quando se preparava para embarcar em carro de aplicativo com destino a Ribeirão Preto, de onde partiria para São Paulo
O motorista de aplicativo M.B.M.J., de 30 anos, acusado de assassinar com extrema violência a cabeleireira Raphaella Silva Fachinelli, 28, foi preso na tarde de quinta-feira (13), por volta das 16h, na cidade de Franca (SP), a cerca de 100 quilômetros de Uberaba. A captura foi realizada por uma equipe de policiais civis de Uberaba, que já monitorava a movimentação do suspeito e conseguiu alcançá-lo no momento em que ele se preparava para embarcar em um veículo por aplicativo com destino a Ribeirão Preto (SP), de onde seguiria para São Paulo.
O delegado-chefe do 5º Departamento de Polícia Civil (5ºDPC), Cezar Felipe Colombari da Silva, destacou que a prisão só foi possível graças à agilidade das decisões judiciais e ao empenho conjunto das equipes envolvidas. Segundo ele, o suspeito já estava prestes a deixar Franca. “Se não fosse a rapidez do Ministério Público, do Poder Judiciário e a parceria com a Ficco, da Polícia Federal em Uberaba, seria praticamente impossível capturá-lo tão rapidamente”, afirmou.
Colombari enfatizou ainda a atuação do delegado regional da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ªDRPC/5ºDPC), Armando Papacídero, que chefiou pessoalmente a operação em solo paulista. Ele destacou também o trabalho do delegado Luiz Fernando, presidente do inquérito, responsável pela condução técnica das investigações.
O crime ocorreu na segunda-feira, 10 de novembro, em residência no bairro Chica Ferreira, em Uberaba. Raphaella foi encontrada morta com múltiplas perfurações, em um cenário que indicava grande violência. Após o crime, o suspeito fugiu levando o carro da vítima, um Fiat Argo branco, modelo 2019, e utilizou os cartões bancários dela para compras e transferências.
Em Franca, câmeras de segurança registraram o investigado entrando no Franca Shopping, realizando transações e circulando pelo centro comercial com o cartão da cabeleireira. O veículo foi localizado pela primeira vez ainda na terça-feira (11), abandonado e com manchas de sangue, na avenida Rio Amazonas. Sem guincho disponível no momento, não foi possível removê-lo. Horas depois, o suspeito retornou ao local, abriu o capô do Argo e fugiu novamente com o veículo. Posteriormente, o carro foi encontrado abandonado pela segunda vez e apreendido. Na manhã de quarta-feira (12), familiares da vítima estiveram em Franca para receber a restituição oficial do automóvel.
Inicialmente o crime foi tratado como feminicídio, mas pode mudar para homicídio triplamente qualificado ou até mesmo latrocínio, já que há indícios de que o suspeito se apropriou do veículo e de outros pertences da vítima logo após o assassinato.