Bolsonaro volta a negar desindexação do mínimo durante comício em Uberlândia

Ao lado do governador Romeu Zema (Novo), o presidente Jair Bolsonaro (PL) encerrou ontem a passagem por Minas Gerais, com comício no Parque de Exposições de Uberlândia e voltou a garantir que, se eleito, dará aumento acima da inflação para o salário mínimo e a aposentadoria.

O tema do aumento do salário mínimo entrou na agenda das campanhas de Bolsonaro e Lula nesta semana, depois que um plano da equipe econômica do governo federal vazou e o documento apontava que seria apresentada uma proposta para desindexar o reajuste do salário mínimo. Na prática, isso significa que o salário deixaria de ser reajustado com base na inflação do ano anterior - o que poderia resultar em perda real para os trabalhadores.

No pronunciamento, o candidato à reeleição negou que a medida esteja em cogitação e argumentou que a informação teria sido inventada por adversários. "Nosso governo continuará tendo a verdade acima de tudo. O outro lado inventa mentiras, dizendo que vamos acabar com o décimo terceiro e a hora extra, que não vai ter aumento para os aposentados. Vivem de mentiras.

Arrumamos as contas no Brasil e vamos dar aumento acima da inflação ao salário mínimo, para os aposentados e servidores também", afirmou.

Faltando três dias para o segundo turno das eleições, Bolsonaro disse estar confiante em virar o jogo e ter mais votos do que o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais.

"Só tenho que agradecer. Se for a vontade de Deus e de vocês, conseguirei ficar mais quatro anos na Presidência da República. Não vou dizer que Minas Gerais vai virar. Minas já virou. Minas nos dá o norte para a vitória, decide as eleições. Ninguém chega à Presidência sem ser vitorioso em Minas. Aqui, já ganhamos as eleições", disse.

Bolsonaro foi recebido por apoiadores no aeroporto de Uberlândia e acompanhou o grupo em “motociata” pelas ruas da cidade até o Parque de Exposições. A agenda no Triângulo Mineiro faz parte de uma força-tarefa para tentar ampliar a votação em Minas Gerais, onde Lula venceu por 560 mil votos no primeiro turno.