A transformação da Clínica Civil em atendimento 100% custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está condicionada à liberação de recursos do governo Estadual destinado aos hospitais públicos (Pro-Hosp) valorados em R$ 2,5 milhões. Necessidade foi externada ontem à tarde durante reunião do reitor da UFTM, Virmondes Rodrigues Junior, com o vereador Cléber Cabeludo (PMDB).
O vereador, que preside a Comissão Permanente de Saúde da CMU, justificou ter a iniciativa pautada na dificuldade de acesso ao Hospital de Clínicas devido à lotação máxima. “Muitas pessoas são obrigadas a permanecer na chamada vaga “zero”, à espera de leito nos corredores ou no chão”, declarou Cléber.
A Clínica Civil dispõe atualmente de 27 leitos que atendem a pacientes conveniados com planos de saúde. Adequá-los ao atendimento voltado exclusivamente ao SUS elevaria o déficit financeiro da UFTM. Segundo Cléber, o reitor ponderou que instituição recebe mensalmente do SUS cerca de R$ 1,8 milhão, insuficientes para cobrir as despesas próximas a R$ 2 milhões. O Hospital de Clínicas, de acordo com Virmondes Rodrigues Junior, gasta anualmente R$ 120 milhões, sendo referência regional para tratamento cuja abrangência atinge 900 mil habitantes.
Cléber considerou a reunião produtiva tendo a UFTM sinalizado com a possibilidade de instalar mais 12 leitos numa segunda etapa de ampliação, o que será possível com a mudança do setor administrativo da Universidade para o prédio recém-construído.
Na tentativa de intermediar a busca de soluções para o impasse na transformação da Clínica Civil, o vereador agendou reunião para hoje às 9h com o secretário de Saúde do Município, Valdemar Hial.