Prefeitura não voltará atrás sobre a proposta de perdão de contas atrasadas do Codau às entidades religiosas e filantrópicas. Projeto foi engavetado na semana passada e agora o prefeito Anderson Adauto declara que a proposta não será reformulada, justificando a decisão por causa da polêmica lançada na Câmara Municipal.
AA rebate os questionamentos dos vereadores Marcelo Machado Borges – Borjão (PMDB) e Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), argumentando que o perdão incluía todas as entidades com débito no Codau e não houve seleção para conceder o benefício. “Eu queria resolver a situação. As entidades estavam com muita coisa atrasada. Era a oportunidade para colocar em dia e não atrasar mais”, declara.
Segundo o prefeito, as instituições já têm desconto de 70% na tarifa de água e, mesmo assim, não conseguiam acertar as pendências. Ele reforça que as contas serão cobradas porque, sem a lei, está obrigado a executar as dívidas. “Alguns vereadores quiseram aparecer em cima da ação do prefeito. Eu não deixei tripudiar. Retirei o projeto e agora tenho que receber. Quero ver se quando chegar a cobrança para as irmãs, ele vão pagar a água delas!”, acusa.
Já Borjão, em pronunciamento em plenário, levantou suspeitas ontem sobre a atitude do prefeito. De acordo com ele, o projeto foi enviado à Câmara de caso pensado, já com intenção de retirar a proposta.
O maior débito é o do Hospital Beneficência Portuguesa, que acumula R$ 187.863,70 em pendências entre dezembro de 2000 ao fim do ano passado. Também teriam perdão dos atrasados a Igreja Santa Rosa de Lima (R$ 85.453,27), a Igreja da Baixa (R$ 10.252,65), a Igreja Santa Rita (R$ 2.564,87) e o Carmelo do Coração Eucarístico de Jesus (R$ 29.667,70).