HOUVE UM EQUÍVOCO

"Há muito tempo venho alertando", diz vereador China, após TCE reprovar contas do 1º ano de Elisa

Decisão que considerou abertura de créditos suplementares irregulares, foi levado ao plenário da Câmara Municipal na sessão desta quarta-feira (12); Prefeitura diz que recorrerá da decisão

Marconi Lima
Publicado em 12/11/2025 às 20:09Atualizado em 13/11/2025 às 07:44
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Vereador Paulo César Soares, China destacou que por diversas vezes alertou para que fosse observada a gestão dos recursos públicos na PMU (Foto/Rodrigo Garcia)

Por 2 votos a 1, a Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) julgou irregulares as contas do município de Uberaba, do exercício de 2021, o primeiro da prefeita Elisa Araújo, pela abertura e realização de créditos suplementares sem recursos disponíveis do superávit financeiro do ano anterior, no valor de R$17,2 milhões, contrariando o artigo 43 da Lei Federal nº 4.320/64. A PMU diz que recorrerá da decisão.

“No caso, foram abertos créditos, R$37,6 milhões, dos quais foram empenhados R$17,2 milhões, 1,31% da despesa total. A irregularidade não pode ser afastada por razoabilidade, proporcionalidade ou materialidade”, explicou o conselheiro em exercício Hamilton Coelho. Seu voto foi encampado pelo relator do Processo nº 1.120.993, conselheiro em exercício Licurgo Mourão.

A decisão da Primeira Câmara do TCE-MG foi levada ao plenário da Câmara Municipal de Uberaba pelo vereador Paulo César Soares, China (PCdoB). O parlamentar disse que, por diversas vezes, durante o exercício de seu mandato, alertou para que o Legislativo observasse a gestão dos recursos municipais.

“O TCE apontou que em 2021 a Prefeitura de Uberaba abriu R$37,6 milhões em créditos suplementares, dos quais R$17,2 milhões foram efetivamente empenhados. Ou seja, não havia para o Tribunal, comprovação de recursos disponíveis do superávit financeiro do ano anterior, no valor de R$17,2 milhões”, destacou China em seu discurso na tribuna da Câmara de Vereadores.

Segundo o parlamentar, a gestão gastou mal os recursos públicos, sem a realização de obras no período. “E quem está falando isso, não é o vereador China, é o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Mas, há muito tempo venho alertando sobre o controle das contas públicas em nosso município”, frisou.

China destacou, que se a decisão for mantida pelo plenário do Tribunal, as contas de 2021 da Prefeitura de Uberaba ficarão definitivamente reprovadas. O parecer do TCE-MG será encaminhado à CMU, que decidirá pela aprovação ou não das contas.

A Prefeitura de Uberaba se limitou a informar que recorrerá da decisão da 1ª Turma do TCE-MG.

Não é a primeira vez que o TCE-MG aponta irregularidades na abertura de créditos suplementares nas contas do município. No último ano da gestão Paulo Piau, em 2020, a corte mineira apontou que o ex-prefeito infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal devido à abertura de créditos suplementares na ordem de R$5.374.855,05 para pagamento de despesas.

Porém, no caso de Piau, O TCE-MG posicionou que o montante representava apenas 0,38% da despesa total empenhada pelo município e avaliou que o valor era insignificante. O Tribunal apenas fez recomendações ao então gestor municipal, mas foi favorável à aprovação das contas.

A CMU aprovou as contas do último ano de gestão do ex-prefeito Paulo Piau, como recomendado pela Tribunal de Contas.

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