Aumento nos casos de violência em Uberaba levanta questionamento entre os vereadores. Muitos acham que modelo social deve ser revisto pela sociedade, se pretender diminuir o índice de violência urbana e no trânsito. Já são 46 assassinatos registrados no ano. Para o vereador Carlos Alberto de Godoy (PTB), os problemas de violência cresceram em todo país, em razão do crescimento numérico da população. “Quando a população relativa cresce, a lógica é o crescimento de conflitos, o que pode ser agravado com o crescimento da pobreza, da falta de educação no sentido de colocar o indivíduo em condições de discernir sobre seu próprio destino”, exemplificou. Para Godoy, até hoje não se apresentou uma solução satisfatória para redução efetiva dos casos de crescimento da violência. “A sociedade só vai se modificar se nós modernizarmos também a condição espiritual. Filosoficamente falando, da melhora do homem, dando a ele oportunidades”, acrescentou. A pressa e a corrida contra ao tempo em busca de bens, são na opinião de Godoy alguns dos responsáveis pelo problema. Para o vereador Afrânio Cardoso (PP), é preciso ser feito estudo profundo pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, para se buscar soluções efetivas para a questão. Ele também participa da mesma opinião que o colega parlamentar. “A vida agitada e até mesmo o aumento de veículos no trânsito podem ser alguns fatores influenciadores desta violência que tem tomado conta do trânsito da nossa cidade, em especial”, salientou. Afrânio acredita que a violência urbana é mais profunda e depende de um trabalho a longo prazo, além de investimentos nas áreas social, educação e saúde, bem como, melhor qualidade de vida e geração de emprego. O vereador Itamar Ribeiro de Rezende (DEM) aproveitou para atacar a administração municipal, responsabilizando o prefeito Anderson Adauto (PMDB), pelos casos de violência em todos os sentidos. O democrata lembrou que AA assumiu um compromisso de resolver o problema da violência no município num prazo de 90 dias. “Já se passaram 4 anos e 10 meses e ele não conseguiu nem diminuir o índice de violência, seja no trânsito ou violência urbana”, criticou. Itamar reclamou, ainda, da instalação de vários equipamentos eletrônicos, mas destacou a falta de campanhas educativas, ações voltadas para a segurança no trânsito e nem sinalização. Ele disse que tem recebido inúmeras reclamações sobre a violência instalada na porta das escolas. “A Guarda Municipal foi criada para defender o patrimônio público. Que tirasse a guarda do trânsito, deixando esta responsabilidade para a PM e fosse para as portas das escolas garantir, pelo menos, a segurança das nossas crianças”, finalizou.