Discussão em torno do valor dos subsídios de políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal, não ganha a adesão dos deputados por Uberaba. Para eles, pagamento de salários, independente da profissão, tem que ser justo. A aprovação de reajuste de 9% pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado para o salário dos ministros do STF e do Procurador-geral da República, provocou manifestação por parte de alguns parlamentares, que chegaram a fazer comparações entre os salários de juízes, desembargadores e ministros. Para o deputado Fahin Sawan (PSDB) são opiniões isoladas. “São apenas dois ou mais senadores. Penso que o momento é de tratar das prioridades que estão diretamente relacionadas ao povo”, disparou o tucano. Para ele, não se deve pensar em onerar a União e, consequentemente, estados e municípios. “Quem se vê prejudicado ou sub-remunerado, tem a opção de não se candidatar ou declinar de um cargo público”, concluiu o deputado. Deputado federal, Paulo Piau (PMDB), também se posicionou sobre o assunto. Ele acha que reajuste tem que ser justo e salientou que muitas outras categorias merecem salários melhores. Para ele, o salário deve ser compatível com a capacidade profissional de cada um, além de evitar abusos e atitudes ilícitas que dão margem à corrupção. Marcos Montes (DEM), também tem a mesma opinião. O salário tem que ser condizente com a função exercida. “Existe uma imagem que, o que a sociedade faz que não é correto, que deputado ganha muito. Não é verdade. Temos verbas de gabinete que são para pagar os que trabalham comigo”, salientou. Ele afirmou que é contra abusos e privilégios, e afirmou que reajuste tem que ser justo. Aelton Freitas (PR) afirmou que é favorável a aumento de salário para qualquer classe, mas, para ele este não é o momento para reajustes, mesmo que seja para ministros. O deputado observou que depois da crise mundial, o país está começando a equilibrar as contas e o ideal é esperar passar este período. (MS)