Mais da metade dos 500 entrevistados pelo instituto entre os dias 19 e 21 de maio tem avaliação negativa do governo da prefeita Elisa Araújo
Saúde em Uberaba é considerada ruim ou péssima por 61% e mais da metade das pessoas tem avaliação negativa do governo Elisa Araújo (Solidariedade), segundo pesquisa realizada pelo Instituto Percent, em parceria com o Jornal da Manhã. A margem de erro é de 4,5% para cima ou para baixo.
Tabela Percent (Tabela/Fonte: Instituto Percent)
O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 21 de maio, com coleta de 500 entrevistas. Foram ouvidas pessoas na área urbana de Uberaba em 18 setores. Os entrevistados tinham a partir de 16 anos até 60 anos ou mais.
Em relação à área da Saúde, 61% das pessoas ouvidas classificaram os serviços como ruins ou péssimos e 26% avaliaram como regulares. Apenas 12% dos entrevistados apontaram o atendimento em Saúde como ótimo ou bom.
Pesquisa JM/Percent, em maio de 2023, ouviu 500 pessoas em Uberaba (Foto/Reprodução)
A avaliação do governo municipal teve números semelhantes: 55% consideram a gestão ruim ou péssima; 29%, como regular, e só 14% avaliaram o mandato como bom ou ótimo.
Já o desempenho pessoal de Elisa foi desaprovado por 60% dos entrevistados, enquanto 17% afirmaram aprovar a prefeita. Outros 23% não souberam responder ou preferiram não opinar.
Confira a avalição do primeiro ano de governo: Elisa tem avaliação positiva de 40%, diz pesquisa Didáticacom
Pesquisa JM/Percent ouviu 500 pessoas em Uberaba (Foto/Reprodução)
Responsável pela pesquisa, o administrador do instituto, Luiz Cláudio Campos, ressaltou que a avaliação do governo é uma combinação de fatores, mas os dados podem indicar um peso maior da situação da Saúde na forma como a gestão de Elisa está sendo percebida pela população. “Pelo fato de haver a proximidade dos números, é possível dizer que a Saúde está tendo um papel importante no resultado global. É possível afirmar com clareza que influenciou, mas não dá para detectar a dimensão desse impacto porque não houve um aprofundamento na pesquisa das causas para a avaliação negativa [do governo]”, salientou.
Campos salientou que, do ponto de vista eleitoral e dentro da estatística, um índice de rejeição acima de 40% é sinal de alerta. “Os números não são confortáveis porque já ultrapassam da casa dos 50%. Acima de 50% está em situação que precisa reverter, caso contrário não há como ter competitividade [do eventual candidato]”, ponderou.
Entretanto, o representante do instituto ressaltou que as pesquisas são uma fotografia do momento atual. Como ainda há mais de um ano de prazo até a eleição municipal, Campos manifestou que existe tempo para reverter o quadro e tudo dependerá das ações tomadas ao longo do período. “Os números mostram um momento desfavorável. Agora vai depender de como as coisas vão se dar daqui em diante”, encerrou.
A reportagem do Jornal da Manhã tentou contato com a prefeita, mas ela não foi localizada até o fechamento desta edição para se pronunciar sobre o resultado da pesquisa. A assessoria de imprensa do governo municipal também foi procurada e não emitiu posicionamento sobre o assunto. O espaço está aberto à manifestação.