Prazo para a Transmil apresentar as Certidões Negativas de Débito (CND) à Prefeitura termina amanhã, mas a Viação Piracicabana, segunda colocada na licitação, já está cuidando dos preparativos finais para assumir o segundo lote do transporte coletivo na cidade.
De acordo com o representante jurídico da empresa, Jiuvan Tadeu da Silva, 64 ônibus estão prontos para entrar em operação e, confirmando a saída da Transmil, a Piracicabana começará na terça-feira (6) o recrutamento de motoristas e cobradores. O advogado afirma que a preferência na contratação será para funcionários que já conhecem a rotina do serviço e a proposta é absorver a mão-de-obra da concessionária anterior. “Vamos aguardar o término do prazo, mas achamos pouco provável que a Transmil consiga a documentação por causa dos inúmeros problemas enfrentados na Justiça”, analisa.
Segundo Jiuvan, a Piracicabana teria condições de assumir o serviço em dois dias, em casos de uma situação de emergência, mas a transição está sendo programada para uma semana.
Para o prefeito Anderson Adauto, amanhã será um dia decisivo para o fechamento da licitação do transporte coletivo. Segundo AA, a Transmil possui pendências com a Receita Federal e está impedida de assinar contrato com a Prefeitura no momento. Porém, se a empresa conseguir regularizar a situação a tempo e apresentar as CNDs, vai continuar no serviço. “Estou preparado para bater o martelo. Se a Transmil não entrar, vou chamar a segunda colocada”, reforça.
Anderson declara que se a hipótese mudança de concessionária for confirmada, a expectativa é realizar a transição de forma tranquila, pois todo o processo foi conduzido com cautela e segurança. “Tenho certeza que a Transmil vai ter consciência disso e espero que assuma esse compromisso”, acrescenta.
Questionado sobre a dívida que a empresa acumula com a Prefeitura, AA afirma que o valor é referente exclusivamente a multas aplicadas após a implantação do sistema de monitoramento eletrônico de ônibus, visto que a concessionária é penalizada por problemas como atraso e cortes de itinerário. “Estou tranquilo quanto ao recebimento, mesmo que a Transmil saia de Uberaba. O CNPJ vai continuar existindo”, conclui.