Procuradoria rejeita contas de Hélio Costa

Novo desdobramento envolvendo a prestação de contas do então candidato ao governo mineiro nas eleições de 2010, Hélio Costa (PMDB), e o vice, Patrus Ananias (PT). Ontem, a Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais recomendou a desaprovação das contas de campanha da coligação “Todos por Minas” - responsável por sustentar as candidaturas de Hélio Costa e Patrus Ananias.

O procurador Felipe Peixoto Braga Netto confirmou o diagnóstico da auditoria feita em fevereiro pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que constatou os indícios de fraude na prestação de contas da coligação.

O documento do procurador confirma várias irregularidades, mas o problema mais grave foi constatado na mudança no valor total dos gastos com pagamento de pessoal. Na prestação de contas original, foi informado o gasto de R$15,1 milhões com o pagamento de pessoal. Depois, o valor retificado para R$8,3 milhões, ou seja, o valor caiu para quase metade do declarado anteriormente. “E, nesse contexto, tais hiatos perfazem 30,21% dos valores totais'', afirmou o procurador.

O parecer já se encontra das mãos da juíza Luciana Nepomuceno, relatora do processo. Se condenados, eles poderão pagar multa e até ficar inelegíveis.

O prefeito Anderson Adauto (PMDB) foi responsável pela coordenação da campanha de Hélio Costa. No entanto, em entrevista recente ao Jornal da Manhã, ele se eximiu de toda e qualquer responsabilidade pelas irregularidades constatadas na prestação de contas pelos auditores por não ter tido ligação direta com esta área da campanha eleitoral. Ele também assegurou estar por dentro de todos os trâmites relacionados à prestação de contas da coligação e tem trabalhado na busca de uma solução.