Revoada de José Luiz Alves para o PSL em busca de candidatura a deputado estadual no próximo ano surpreendeu o PMDB local. O partido já trabalhava com o projeto de lançar nome na disputa às vagas da Assembleia Legislativa de Minas e estava construindo a campanha em torno de Zé Luiz, conforme o presidente Alexandre Pires, que admite agora o risco da cidade ficar sem representante na chapa em 2010. “Um problema enfrentado em todas as legendas é que as lideranças são maiores que os partidos e os projetos pessoais ficam acima dos institucionais”, lamenta.
Segundo Pires, todas as articulações para candidatura a deputado estadual convergiam para o presidente do Codau. “Existe o risco de não termos ninguém de Uberaba, porque estávamos trabalhando em cima do Zé Luiz nos últimos três anos”, disse, salientando que o partido tem nomes fortes, mas nenhum cogitava disputar eleição.
Pires salienta que o partido cresceu bastante na região, com lideranças despontando em Ituiutaba e Araguari. Por isso, ele acredita que o Triângulo Mineiro conseguirá colocar representante no governo estadual. Por outro lado, o presidente do PMDB lembra ainda que a legenda caminha para eleição de novo comando no município e o reestudo da estratégia política ficará nas mãos da próxima direção que assume dia 25 de outubro.
Já o prefeito Anderson Adauto declara que a ida de Zé Luiz para o PSL não interfere na promessa de apoio para a campanha, pois o pré-candidato permanece na base governista. Ele salienta também que vai dar suporte tanto para o deputado Paulo Piau (PMDB) quanto para Aelton Freitas (PR) na disputa pelas vagas da Câmara Federal. “Como peemedebista, gostaria de trabalhar para que todos fossem do PMDB. Agora, como prefeito, não posso ignorar que o governo tem vários partidos. Por isso, minha visão é pluripartidária. A situação só mudaria se o Zé mudasse de lado”, pondera.
Segundo o prefeito, a continuidade de apoio a Zé Luiz não elimina a hipótese de trabalhar para a campanha de Lerin, que também faz parte da bancada governista. Mesmo assim, ele repete que o projeto é concentrar votos para eleger um representante na Assembleia Legislativa.
Anderson pondera ainda que não teve participação nas conversas que levaram Zé Luiz para o PSL. Conforme AA, a troca era uma decisão única e exclusiva do aliado, que buscou o caminho mais seguro do ponto de vista eleitoral.