POLÍTICA

Sindicato é contra aplicação de “provão” para professores

Publicado em 29/03/2011 às 00:01Atualizado em 20/12/2022 às 01:01
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Presidente do Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu), Adislau Leite da Silva é contra o “provão” a ser aplicado aos professores da rede de ensino, conforme anunciou o prefeito Anderson Adauto (PMDB).

Segundo ele, a informação da realização deste tipo de avaliação ainda não foi formalizada pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Porém, ele adianta que já protocolou um ofício junto à administração municipal solicitando mais detalhes sobre o “provão”. “Ainda não tivemos a resposta por falta de tempo hábil, mas estamos aguardando este posicionamento”, diz.

Enquanto representante da categoria, ele avalia como negativa a proposta, destacando que o “provão” traz um significado implícito de avaliar se os professores estão se adequando ao novo sistema estruturado de ensino proveniente das apostilas do Colégio Cenecista Dr. José Ferreira. “Não vejo sentido algum em se fazer uma prova para avaliar se o professor está dando conta de trabalhar com este material didático”, afirma.

Ele ainda comenta que o conteúdo das apostilas possui as mesmas informações disponibilizadas nos livros didáticos fornecidos pelo governo federal. “Os professores têm competência para ministrar as disciplinas. A matemática aplicada na rede particular é a mesma ministrada na rede pública. O que se tem é diferença de projetos e estrutura física das condições de trabalho”, afirma.

Para o dirigente, a administração municipal, antes de fazer estas cobranças, através desta avaliação, deveria igualar também as condições de trabalho à rede particular. “Se quer implantar um projeto em nível de rede particular, a Prefeitura deve se adequar. Fazer a lição de casa. Não é cobrar do professor o que ele já sabe. Nós também temos que ter as mesmas condições de trabalho. Assim, eu acredito que qualquer projeto educacional pode dar certo na rede pública”, coloca. Adislau Leite defende ainda a participação das famílias e o interesse dos alunos dentro de todo o contexto. “Tudo isso também é muito importante”, diz

Ainda segundo o presidente do Sindemu, a proposta é ilegal, lembrando que quando o professor ingressa na rede pública, ele passa por um concurso público e estágio probatório, enquanto aqueles contratados por processo seletivo são selecionados através de diversos critérios. “E, no fim do ano, nós passamos por avaliação de desempenho prevista em lei”, diz. Adislau Leite ainda não descarta a possibilidade de a questão desaguar na Justiça. “Nós não vamos permitir que isso aconteça”, finaliza.

O Jornal da Manhã tentou contato com o secretário de Educação, José Vandir, para saber mais sobre o provão, porém ele não pôde atender à reportagem por estar fora da cidade.

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