Tabela mostra as variáveis analisadas para a elaboração dos estudos climáticos pela Feam. Foto/Reprodução
Uberaba é considerada cidade com vulnerabilidade climática moderada, conforme índice apresentado esta semana pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Segundo as informações apresentadas aos parlamentares, a vulnerabilidade de um município indica o grau ao qual o mesmo é suscetível aos efeitos adversos do clima. O índice criado pela Feam é formado por três componentes principais: a sensibilidade, a exposição e a capacidade de adaptação. A partir da junção dos três fatores, é definido o resultado geral.
No caso de Uberaba, os dados disponibilizados pelo Estado apontaram que a cidade tem um alto grau de exposição aos efeitos climáticos devido ao número consecutivo de dias sem chuva e também à alta média anual de precipitação acumulada concentrada em cinco dias.
Por outro lado, o município demonstrou ter capacidade de adaptação muito alta a intempéries climáticas. Além disso, a análise apontou um nível moderado de sensibilidade, o que levou em consideração itens como a cobertura vegetal e o percentual de dependência da agropecuária. Desta forma, o índice geral mostrou Uberaba com vulnerabilidade moderada aos efeitos adversos do clima.
A região Triângulo Sul também aparece com índice de vulnerabilidade climática moderada. Considerando os 27 municípios que integram o território, o Estado avaliou que a sensibilidade às mudanças climáticas e a capacidade de adaptação são médias, enquanto a exposição aos efeitos adversos do clima é baixa.
Conforme os dados disponibilizados na audiência, cerca de 68% dos municípios mineiros têm sensibilidade alta ao clima, sendo 5% com sensibilidade muito alta. A exposição muito alta e extrema encontra-se concentrada no Norte de Minas e no Jequitinhonha. Ao todo, são 102 municípios em Minas Gerais com esses níveis de exposição, onde há cerca de 2 milhões de habitantes.
Na reunião, o presidente da Feam, Renato Brandão, manifestou que as informações do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC) traçam o retrato de como as cidades estão vulneráveis às mudanças climáticas em Minas e permitem identificar os desafios regionais frente às alterações do clima, o que auxiliará nas políticas públicas que estão em desenvolvimento no Estado, para o enfrentamento das alterações climáticas e seus impactos econômicos, sociais e ambientais.