ALERTA PARA A DENGUE

Veja o índice de infestação do mosquito da dengue de cada bairro de Uberaba

Ao menos 14 bairros estão com infestação em alta, acima de 7%, o que oferece risco de surto de dengue

Gisele Barcelos
Publicado em 22/05/2023 às 21:54Atualizado em 23/05/2023 às 06:22
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Os principais focos do mosquito na cidade são vasos de planta, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, fontes ornamentais e outros depósitos móveis (Foto/Reprodução)

Os principais focos do mosquito na cidade são vasos de planta, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, fontes ornamentais e outros depósitos móveis (Foto/Reprodução)

Novo Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) aponta queda na proliferação do mosquito em Uberaba, mas ao menos 14 bairros ainda continuam com infestação alta e com risco de surto de dengue.

Na média geral da cidade, a incidência do mosquito caiu de 8,4% para 2,6% de janeiro para maio deste ano. Com isso, Uberaba agora é considerada em situação de alerta nos parâmetros do Ministério da Saúde.

Entretanto, a redução da infestação do Aedes aegypti não é observada em todos os bairros de Uberaba. Conforme o levantamento, 14 áreas da cidade apresentaram incidência acima de 7% e continuam em situação de risco.

Os piores desempenhos foram constatados nos bairros: Vila Planalto (17,39%), Morumbi 2 (14,29%), Jardim Indianápolis (13,33%), Parque dos Girassóis (13,04%), Portal Beija-Flor (11,11%), Jardim Alexandre Campos (11,11%), Silvério Cartafina (10,53%), Jardim São Bento (10%), Morada Du Park (9,52%), Residencial Colibri (9,09%), Alfredo Freire III (8%), Jardim Copacabana (7,87%), Novo Horizonte (7,69%) e Vila João Pinheiro (7,14%).

Outros 22 bairros de Uberaba também registraram índices de infestação acima de 4%, o que já é considerado situação de risco pelo Ministério da Saúde. No entanto, essas regiões apresentaram percentuais abaixo de 7%. É o caso, por exemplo, do Santa Marta (6,6%), Vila Olímpica (6,45%), Vila Isabel do Nascimento (6,25%), Manoel Mendes (6,06%) e Elza Amui (6,25%).

Os principais focos do mosquito na cidade são vasos de planta, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, fontes ornamentais e outros depósitos móveis. Em algumas áreas, o lixo também foi identificado, com criadouros encontrados em sacolas plásticas, garrafas vazias, casca de ovo, caixa de leite, ferro velho, recicladoras e entulhos.

O restante dos bairros ficou com índices de infestação predial abaixo de 4%. Houve até locais com percentual inferior a 1%, o que corresponde a um quadro satisfatório, segundo o Ministério da Saúde. Desta forma, o desempenho nessas regiões jogou a média do município para baixo e levou à queda do índice geral.

O Jardim Espírito Santo, o Jardim Nenê Gomes, o Residencial Tancredo Neves, o Conjunto Boa Vista, o Antonia Candida, o Josa Bernardino, o Amoroso Costa, o Chica Ferreira, o Cássio Resende, o Guanabara e o Parque do Mirante estão entre os bairros fora de risco. 

Em entrevista à Rádio JM, o diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, ressaltou que, a partir do levantamento, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti serão intensificadas nas regiões com maiores índices de infestação na cidade, mas ponderou que também é necessário o empenho da população para a fiscalização diária dentro dos imóveis.

Mesmo nos bairros fora de risco, o diretor reforçou que a comunidade não deve se descuidar, para evitar o crescimento da proliferação do mosquito nos próximos meses. 

Saúde ainda não prevê multas para os donos de imóveis com criadouros

Prefeitura não prevê aplicar multas a imóveis onde forem verificados criadouros do Aedes aegypti. Apesar de ainda haver bairros com alta proliferação do mosquito, o diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assunção, afirmou que o foco principal da Administração Municipal é trabalhar com ações educativas para engajar a comunidade no combate ao vetor.

Em entrevista à Rádio JM ontem, o diretor avaliou que a queda verificada no índice de infestação mostra que a estratégia de focar a conscientização da população teve resultados práticos. Por isso, deverá continuar sendo o caminho adotado. “O nosso foco principal é a ação educativa, e não a ação punitiva. Multa não é o foco nesse momento”, salientou.

Apesar de cogitar aplicar penalidades, o diretor afirmou que outras medidas severas serão adotadas para intensificar o combate ao mosquito. Entre as ações, ele citou o adentramento forçado em imóveis fechados e que tenham criadouros do Aedes.

Por enquanto, Assunção afirmou que houve apenas um caso este ano em que foi necessário fazer a entrada forçada em imóvel, devido ao risco à Saúde Pública. Porém, não é descartado acionar a Justiça se novas situações forem constatadas.

A entrada forçada ocorreu no mês passado, após a Prefeitura conseguir liminar autorizando o ingresso dos agentes de endemia em um imóvel, em estado de abandono, no bairro Santa Maria. Na ação, o Município informou que profissionais do Departamento de Controle de Endemias e Zoonoses estiveram no endereço três vezes neste ano, mas não conseguiram acesso ao interior.

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