Jesus tinha umas atitudes muito estranhas. Permitiu que uma prostituta lavasse seus pés...
Jesus tinha umas atitudes muito estranhas. Permitiu que uma prostituta lavasse seus pés, os enxugasse com seus cabelos e os beijasse. Citou como ato exemplar de amor ao próximo um samaritano, um herege. Curou o filho de um pagão, um romano que humilhava sua pátria com violência e mortes. Ofereceu-se para tomar refeição com um cobrador de impostos, Zaqueu, que explorava pobres e viúvas. Curou uma cananeia que adorava estranhos deuses e deusas. Conversou longamente, a sós, com uma samaritana adúltera, pecadora, afirmando a ela que os verdadeiros adoradores do Pai são aqueles que o adoram em espírito e em verdade. O que me assusta é que nem um deles frequentava o Templo e não observava as leis de Moisés.
De tudo isso, concluo que, em nosso julgamento final, não vai ser levada em conta a nossa religião. O que Ele vai levar em conta é o amor que deveria aquecer o meu coração, se amei a Deus acima de todas as coisas, se amei ao próximo como a mim mesmo, se perdoei as ofensas que sofri, se respeitei o espaço social e religioso de meu próximo, se achei que não era o dono da verdade, se tive compaixão pelos pobres, se fui justo em meus julgamentos e mais alguma coisa que você poderá ler em Mateus, no chamado Sermão da Montanha. De que vale cumprir leis e saber a Bíblia de cor, se vivo agredindo a religião dos outros? Tenho um amigo que é ateu, mas está muito mais perto de Deus do que muitos que se dizem cristãos e vivem agredindo a religião do outro, seu modo de vida e de pensar.
Por que estou falando estas coisas? Por dois fatos. Primeiro, um negativo. A atitude daqueles dois indivíduos que invadiram uma igreja e quebraram imagens que eram patrimônio histórico. Essa estupidez para mostrar que não adoravam imagens de barro. Segundo, um positivo. Fiquei edificado com a atitude de um pastor protestante e do papa Francisco orando juntos no mesmo templo. Até que enfim estamos ficando mais cristãos.