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Quando disso, o homem seria capaz?

Se ao homem lhe fosse dada a incumbência da criação do mundo e de suas coisas

Manoel Therezo
Publicado em 18/09/2011 às 13:31Atualizado em 19/12/2022 às 22:16
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Se ao homem lhe fosse dada a incumbência da criação do mundo e de suas coisas, mesmo sendo o mais inteligente dos mamíferos, não seria capaz nem mesmo daquelas mais simples. A sua criatividade, com certeza, seria vergonhosa ante o maravilhoso da Natureza. Somente os olhos que não querem ver se abrem para essa exuberância. A própria cabeça onde estão fincados está em uma estrutura magnífica – obra de uma inteligência maior. Em cada criação foi preciso um empenho sapiente. Todos os seres que se colocam em posição de pé estão sob a imperiosa Lei do Equilíbrio dos corpos nos seus três momentos; Estável, Instável, Indiferente. Mesmo ante a soberania do Criador, essa Lei se curvou. Todos os corpos no espaço, pesado ou leve, alto ou baixo, bípedes ou quadrúpedes, o equilíbrio está preso no rigor dessa Lei. Não se preocupou o Criador com a soberba desse princípio. Por dedução lógica e simples, todos os seres sob duas pernas (bípedes), o seu equilíbrio sempre é menos estável quando comparado com aqueles com quatro pernas (quadrúpedes), embora todos indistintamente estejam imantados ao Centro de Gravitação da Terra. Enquanto a inclinação de qualquer corpo estiver dentro desse círculo ou Centro de Gravitação, o seu equilíbrio não será afetado. Fora dele, mesmo aqueles com quatro pernas, estão sujeitos ao rompimento dele, ainda que estejam amparados pelos recursos engenhados pelo homem para lhes preservar a estabilidade. Um dia, esse recurso se romperá em razão de sua própria fadiga.

A grande beleza na autonomia daqueles seres vivos com propriedade de se locomoverem também está inclusa no cartel do Sistema Nervoso que realiza o Desejo e Ação. Nos bípedes que dormem sobre galho ou poleiro, enquanto se mantiverem em sono, um mecanismo autônomo tranca-lhes os dedos, evitando-lhes a queda. Assim que se acordam, aquele mecanismo também num comando autônomo relaxa e a ave se põe novamente solta. Outra beleza está naqueles seres que caminham sem noção segura de estar na direção desejada, típico das formigas, porque certamente o sentido da visão não bem atende. Quando em trabalho, como se observa, todas se tocam frontalmente para sentir o odor fórmico que exalam e que lhes dá plena orientação. Uma formiga colocada a distância sem aquele odor é desordenada. Quando nos agride, quem sabe aquela queimação que sentimos não seja tão somente da picada? Quem sabe também aquele odor fórmico não seja tão somente odor, uma vez que se fala em fórmico (ácido fórmico)? Uma enormidade doutros com muitos pés, os Miriápodes (piolho-de-cobra, lacraia etc.), a Ciência não descreve o mecanismo alternado de seus membros. Tem-se que tudo está ligado ao mesmo Sistema Nervoso. Quantos recursos fantásticos, a Natureza reserva em tudo nos seres inferiores. Como se percebe, em cada criação foi preciso um empenho diferente e inteligente e, “Quando disso, o homem seria capaz?

               

(*) Odontólogo, ex-professor universitário (Odonto-Uniube)

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