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Que também nos engana

Lemos que os filósofos das eras antes e depois de Cristo, intrigados, interrogavam-se sobre como na água apareciam os peixes?

Manoel Therezo
Publicado em 14/09/2015 às 08:12Atualizado em 16/12/2022 às 22:17
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 QUE TAMBÉM NOS ENGANA

Lemos que os filósofos das eras antes e depois de Cristo, intrigados, interrogavam-se sobre como na água apareciam os peixes? Como uma semente se transformava numa árvore frondosa? De onde vinham as chuvas e onde ficavam suas águas até que chovesse? Não entendiam o porquê das plantas beirando os rios, cresciam e floriam diferentes d’outras plantas n’outros lugares? Os camponeses suspeitavam que aquilo se relacionava com as águas das chuvas que transbordavam os rios, porque depois que eles voltavam ao seu leito normal, em suas margens, novas vegetações surgiam. Continuavam se interrogando, qual a razão dos longos tempos chuvosos e das intensas estiagens? Manifestavam que aquela preocupação deveria ser de todos. Que deveriam fazer alguma coisa que atraísse as chuvas e evitasse as martirizantes secas.

Nasciam assim, às Crendices, os Mitos. Não faz muito, viam-se criaturas jogando água ao pé da cruz, crendo que logo choveria. Ainda em nossos dias, os técnicos do tempo têm buscado esclarecer a razão das longas estiagens. Tem-se por leituras, que elas sempre existiram. Nas páginas 129 e 130 da obra “Boa Nova”, psicografada por Francisco C. Xavier, lê-se que no ano 30, Jesus interrogou a um lavrador que cavava um poço à beira do caminh - “Amigo, que fazes?” - “Busco encontrar a água que nos falta”, respondeu. “Aqui, nas proximidades de Jericó, ultimamente as chuvas vêm se tornando uma verdadeira graça de Deus”. Continua Jesus ao seu companheir - “Observa João, que este homem compreende que sem a chuva não haveria mananciais na Terra. Mas, não para em seu esforço procurando o reservatório que a Providência Divina armazenou no subsolo”. Eis a lição... Um dos nossos professores dizia que com o passar dos anos ou de século talvez, muitas coisas sobre a Terra se acabariam. Hoje, ao contrário dele, falam que os términos de tantas coisas ocorrem num estalar de dedos – entre elas: a “Água vai acabar”.

Que manifestação “Sem eira e nem beira”... Aprendemos e é elementar, que a água onde estiver e qual seja a sua quantidade, evapora-se formando nuvens chuvosas. De lá, como que num movimento circular contínuo, como vem acontecendo, volta a umedecer o solo. Diziam-nos também que no Planeta, a água não “Aumenta e nem Diminui”. Vemos por vezes esses dois momentos; quando em algum ponto se escassa, n’outro, transborda rios, inunda cidades desalojando famílias. A exortação de economia, economia, economia, é um grito em favor ao descuido de seu armazenamento, nada haver com o seu real volume no Universo. Se acontecer de se acabar, todos os seres carentes dela serão extintos – e, aqueles embriologicamente se formando a caminho da vida, hão de vir providos de uma fisiologia libertando-os daquela necessidade. Não acreditamos nisso – mas, se a “Água acabar”, estava enganado aquele professor – também todos nós. Se a “Água acabar”, a vida é também um Mito. Um Mito enganoso como a Esperança que também nos engana.

Manoel Therezo

Professor “Emérito” da Faculdade de Odonto-UNIUBE.

manoel_marta@hotmail.com

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