Esta semana fui surpreendida por um jovem, no cruzamento de duas vias públicas no centro da cidade, com um violão nas costas, solicitando ajuda financeira para que fosse bancado o seu sonho de gravar o primeiro CD.
No mesmo dia, assistindo a uma reportagem sobre as Paralimpíadas, vi outro jovem atleta com uma perna amputada que está realizando uma campanha para conseguir comprar uma prótese para disputá-las.
Fiquei a pensar sobre qual sonho seria mais “digno” de ser ajudado e se sonhos podem ser comparados. Cheguei à conclusão de que para cada sonhador o seu sonho é o mais importante do mundo.
Por que alguns sonhos se realizam e outros não? Que ingredientes são necessários para a realização dos mesmos?
Lembrei-me de uma dinâmica que costumo utilizar com grupos quando estou conversando sobre alcançar metas na vida, partindo do princípio de que elas são sonhos que se transformam em realidade.
Todo sonho começa com um DESEJO que deve ser ajustado à REALIDADE. A partir daí há que se desfrutar de uma dose de PODER e outra de VONTADE.
Acontece que muitas pessoas não conseguem dosar a medida destes ingredientes e vivem dominadas por um deles.
Há os sonhadores que têm desejos sem considerar a realidade. São os famosos construtores de castelos na areia.
Há os que são tão escravizados pela realidade que não se permitem sonhar. São os pessimistas que nunca sabem aproveitar as oportunidades e os ventos favoráveis.
Mas também há aqueles que desejam, consideram a realidade, mas não se sentem com poder para correr atrás. Não alcançaram um estado de empoderamento que os leve a acreditar que são capazes.
Finalmente, há ainda aqueles que sonham, consideram a realidade, sabem que podem, mas não possuem disciplina e força de vontade suficientes para perseverar. Desistem diante das primeiras dificuldades e acabam sendo pessoas com muita iniciativa, mas pouca ou nenhuma acabativa.
Você, que está lendo este artigo até aqui, considera-se um concretizador de sonhos? Se sim, certamente tem sabido combinar os ingredientes da autorrealização. Se não, você consegue identificar o que que há de mais e o que está de menos na condução dos seus planos de vida?
Pense nisso!