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Reta de chegada

Em crônica publicada neste espaço, afirmei que os boeings – candidatos a uma vaga no Legislativo

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 14/09/2010 às 20:31Atualizado em 16/12/2022 às 06:41
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Em crônica publicada neste espaço, afirmei que os boeings – candidatos a uma vaga no Legislativo – teriam que ter pista para decolagem, senão, não. A pista é a somatória dos votos da região com os de Uberaba, ou vice-versa, pois a ordem não afeta o resultado, mas, se faltar uma delas, a decolagem estará comprometida. Acontece que nessa reta final para a decolagem, Uberaba ainda conta com 20% de indecisos, algo em torno de 46 mil eleitores. Número extremamente expressivo nesta corrida eleitoral tão apertada e cheia de boeings e de teco-tecos.

A fase inicial desse processo foi de apresentação das candidaturas, fechamento de acordo das dobradinhas e exposição do material de campanha, acompanhado de convencimentos plurais. No entanto, há uma parcela que a tudo assiste sem declinar o seu voto e outra parte que, ao declinar, prefere a opção errônea de anular o seu voto. Todavia, nesta reta final, o que vale não é apenas o corpo a corpo, e sim a prestação de contas do mandato. Os iniciantes terão que apresentar a esses eleitores a sua proposta de representante parlamentar e aqueles que já o são devem apresentar a sua prestação de contas à sociedade que o elegeu. Assim, o eleitor indeciso poderá mover-se para o voto ou se estacionar entre aqueles que optam pela abstenção e nulidade do voto.

É certo dizer, também, que os colégios eleitorais sofrem a influência do voto corporativo, familiar, das irmandades religiosas que representam somente para esses setores, deixando de ser para o bem comum. Esse só existe no retorno qualitativo dado a eles, quando é dado. Mas na democracia todos têm o direito de se candidatarem, quem tem que acertar é o eleitor. A propósito, o eleito tem a cara do eleitor. A questão agora não é demover quem já optou, mas mostrar ao indeciso os propósitos do mandato. A corrida proporcional no Brasil é pouco valorizada e alguns partidos, sabendo disso, usam caricaturas humanas para serem puxadores de votos, em detrimento das ideias e propostas. Muito contribuem os partidos para a degeneração na composição dos legislativos estadual e federal e municipal.

O Senado é eleição majoritária, assim como o é o Executivo. Importante falar dos debates para a composição do Senado, até mesmo para sabermos e esclarecermos qual é a função de um senador. Às vezes, nós nos perdemos quanto à função de deputado estadual e federal. Imagine, então, sobre a do Senado. O debate para o Legislativo é importante, mas nem todas as portas estão abertas a essa estratégia, obrigando os candidatos a inundarem as vias públicas de propaganda e levando o eleitor a se esquecer de pedir a prestação de contas de seu mandato.

Proponho aos indecisos e àqueles que pensam em anular o voto que questionem e busquem a prestação de conta dos candidatos a deputado Estadual e Federal. Decidam por aqueles que têm serviço prestado ou que apresentam uma proposta exequível dentro da realidade de um mandato proporcional.

A decisão está na definição do voto, principalmente do voto consciente.

(*) professor

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