ARTICULISTAS

Rigor com os carros-bombas

Tendo sempre a Constituição Federal como referência

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 07/01/2014 às 20:12Atualizado em 19/12/2022 às 09:31
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Tendo sempre a Constituição Federal como referência, as Câmaras Municipais devem legislar sobre as questões que regem as relações dos munícipes. Evidentemente, salvaguardando as questões individuais. Não é função precípua dizerem se um tapinha na bunda do filho pode ou não pode. Valores são debatidos e ensinados no coletivo e punidos os excessos. No privado, há as referências culturais individuais. As Câmaras Municipais legislam sobre a ocupação territorial, zelam pelo bem-estar de todos, definem ações que geram o refinamento urbano, evitam as especulações imobiliárias, fiscalizam a aplicação dos recursos em educação e saúde. Cirzem acordos com os atores sociais, evitam as explorações, preservam os valores materiais e imateriais da cultura, de seus bosques, dos animais... Sempre de olho no orçamento e nas ações do Executivo. A cidade é a pólis da cidadania, onde nasce a ação primária da participação política que, por meio do voto, se escolhe aqueles talvez menos despreparados para a representatividade. Por isso, não é pedir muito para que os vereadores cuidem melhor da qualidade de vida dos cidadãos, evitem o sofrimento moral e físico dos seus representados. Está passando da hora de adotarem tolerância zero com os carros-bombas; aqueles que assassinam as nossas madrugadas. Esse tema já foi tratado por mim neste espaço e, lamentavelmente, tenho que retomá-lo devido à escravidão a que têm nos submetido, pelas ações intimistas deste tipo de som barulhento. Isto não é liberdade de expressão, é irresponsabilidade social de uma minoria que ignora o bem-estar. Cabe à Câmara Municipal coibir os abusos, proibindo este tipo de som em carros. Penalizar quem instala e quem conduz o veículo-bomba pelas ruas da cidade. Quem trabalha com som ambiente, promove eventos e festas tem regras a serem seguidas. São submetidos a alvarás e a liberação das instituições responsáveis que aprovam ou não aquele ambiente para funcionamento. Por que, então, quem sai às ruas não tem que seguir regras? Por que se pode parar à porta de um bar e ligar o som e deixar aquela música massacrando os ouvidos daqueles que não querem ouvir aquele tipo de musical? Gosto esse que, geralmente, é de qualidade duvidosa para ficarmos numa linha de respeito às expressões culturais. Não cabe a mim ir à esquina e pedir ao fulano para baixar o seu som. Se assim fizer é confusão na certa. É também perigoso sair na madrugada e solicitar que desliguem o som do carro, porque ele está a nos causar sofrimento moral, que dói profundamente. Quando aquele som invade os cômodos da casa e o encontra deitado em sono profundo, produz um desconforto que deve ser ressarcido com a penalização do autor. É inaceitável que a atitude invasiva não seja proibida. Que os empresários responsáveis pela instalação deste tipo de equipamento de som nos carros sejam penalizados. Portanto, digo que a Câmara Municipal e Ministério Público devem à sociedade uberabense atitudes efetivas de condenação desta prática de deslocamento de carros que, a cada dia, se apresenta mais recorrente.

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